quinta-feira, 30 de abril de 2009

SÓ ISSO


CONSUMADO / ARNALDO ANTUNES.

UM POST SÓ PRA VOCÊ

Em tempos de megaeventos, entretenimentos high tech, super produções, é bom experimentar passeio na rua histórica, com o dia chegando de mansinho, em silêncio.
Nesses dias em que só se fala de crise, faz bem conversar sobre cachoeira e pipas.
Faz bem sair de casa mesmo sem vontade, de vez em quando.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

SEJA BONZINHO COM O PORTUGUÊS



Este texto está pronto há um tempo, mas andava meio sem saco de corrigi-lo. Sim, gosto de revisar o que escrevo. Geralmente, levo alguns dias pra deixá-lo bonitinho, legal, interessante e, principalmente, pra não cometer muitos erros. De Português, viu? Porque errar na vida é quase um esporte pra mim.

E é sobre isso o que vou falar: tem muita gente escrevendo errado por aí. É em blog, é no jornal, em "outdoor". Isso me deixa pau da vida.

Antes de mais nada, registro aqui: eu também escrevo errado, claro! Mas procuro não dar tanto vexame.

Tem erro que a gente sabe que é de digitação ou por causa da pressa (sou rainha de engolir palavras porque, apesar de digitar rápido, meu pensamento é um pouquinho mais veloz que meus dedos). Mas tem erro que não dá, né?

Acho o maior barato uma pessoa criar um blog, ter coragem de expor suas histórias (ou estórias) num terreno tão público. Mas custa a pessoa escrever certinho?

Nossa língua é difícil pra caramba, cheia de regrinhas e exceções. E ainda resolveram fazer uma Reforma Ortográfica nela. Concordo que tudo conspira contra, mas sempre é possível escrever certo um deles é ler muito (material de qualidade, hein? Não vale coisa tosca, porque aí a coisa tende a piorar). Ler é o primeiro passo pra escrever bem. É clichê mas vale lembrar.

Não falo sobre usar a norma culta tão formal. Falo de saber que tem diferença entre "mais" e "mas" e também falo sobre aqueles que usam aquelas expressões de Internet, acho que chamam de "miguxez". E coerência, é pedir muito haver coerência no que se vai dizer? Misturar assunto é uma coisa, escrever de forma icompreensível é outra.

Pois bem, falei o que precisava falar há tempos. Tenho visto tanto erro "bobo" cometido por gente que diz que gosta de escrever. Se gosta, por que não aprende o básico pelo menos?

INTELECTUAL, PERO NO MUCHO



Falei sobre a exposição das peças do Louvre e imediatamente me lembrei dos dias (mágicos) que passei em Paris.

Fui visitar meus primos amados, Gab e Adriano, em Portugal e passei uns 15 dias passeando pela terrinha. Fiz vários passeios, de várias "editorias": cultural, alcoolico, gastronômico e shopping. Sozinha ou acompanhada dos primos, que são engraçados até dizer chega. Ou seja, não dava pra cansar.

Depois destes dias, fui para Londres. Ai como eu amo Londres! Como estava sozinha, fiz os típicos passeios de turista: Roda Gigante, Troca da Guarda no Palácio de Buckinghan, exposição das joias da Rainha, Museu Madame Tussauds, Catedral Saint Paul e coisas do tipo. De lá, fui para Paris e a programação foi também na linha "cultural": museus, museus, museus, galerias de arte, Igrejas e tal.

De volta para Lisboa, minha prima, que foi me buscar no aeroporto, perguntou "E aí, gostou?" e eu bem honesta: Amei, Gab! Amei, mas agora vou dar um tempo de museu. Vamos comprar uma revista Caras ali porque eu tô precisando de futilidade".

Tudo tem limite, né? Até mesmo o que é maravilhoso.

O LOUVRE ESTÁ AQUI


O Louvre comemora o ano da França no Brasil com a exposição "Tesouros do Louvre - retratos esculpidos de Houdon" no Rio de Janeiro.

A mostra, exibida no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro começou ontem, , 28 de abril, e vai até 05 de Julho.
Esta é a primeira exposição de uma coleção do Louvre, um dos maiores e mais ricos museus do mundo, na América Latina.

Para detalhar o conjunto da obra de Houdon, a exposição foi organizada tendo em vista o período pós-Revolução Francesa , em que o artista se inseria.

O público poderá tocar nas réplicas das esculturas originais acompanhadas por legendas em Braille. Gente, isso a gente não pode fazer lá no Louvre! Mais um motivo pra não perder.






(ESTA ESCULTURA NÃO VAI ESTAR LÁ, VIU? É SÓ PRA MOSTRAR QUE A BLOGUEIRA AQUI JÁ ESTEVE NA TERRA DE MONET)


(OLHA A PROVA AQUI!)

Emília reformada




Emília no país da Gramática, de Monteiro Lobato, é provavelmente o livro mais original que já se escreveu sobre o assunto: a Língua Portuguesa pois é figurada como um país, o "País da Gramática", que é povoado por sílabas, pronomos, advérbios, berbos, adjetivos...

Muitos estudiosos de Lobato já afirmaram que o motivo para que ele tenha escrito este livro foi por "vingança", por ter sido reprovado aos quatorze anos de idade na prova de Português.

A boa notícia é que já saiu a edição com as novas regras da Reforma Ortográfica.

Minha sobrinha Lara, que está sendo alfabetizada, já tem presente garantido.


terça-feira, 28 de abril de 2009

Mulher que é mulher não sabe esperar

Meia-noite e meia. Eu, na minha cama, quaaaase dormindo. Toca o telefone. Minha amiga.
Segue o diálogo:

- Tava dormindo?
- Quase, mas fala.
- Amiga, vou fazer uma lipo dia 25. Estou ainda na indecisão sobre o peito. Mulher é foda,né? Fútil pra caralho: o mundo se acabando em crise mundial e eu pensando se me turbino ou não... Estou deitada faz 1 hora mas não consigo dormir, só penso nisso. A assistente do médico (fui lá hoje) me falou pra nao fazer, já que nao estou 100% certa do que quero. Sugeriu para eu esperar uns 3 meses, amadurecer a ideia e entaõ decidir ou não.
- Acho que ela não é mulher: qualquer mulher que se preze não tem paciência pra esperar 3 meses pra decidir uma parada dessas.
- Amo seus conselhos. Boa noite. Dia 26 serei uma linda mulher turbinada e feliz.

UM POST PRA VOCÊ





A PIPA É FELIZ

(Cleonice Rainho)

Aprumo a máquina,
dou linha à pipa
e ela sobe alto
pela força do vento.

O vento é feliz
porque leva a pipa,
a pipa é feliz
porque tem o vento.

Se tudo correr bem,
pipa e vento,
num lindo momento,
vão chegar ao céu.

VOTAÇÃO DO MELHOR LOOK "BAZAR HOJE VOU ASSIM OFF"

A Ana criou um concurso (essa menina não para quieta!) para eleger o melhor look produzido com as peças compradas no Bazar e hoje já podemos conferir (e votar) nas lindinhas que mandaram fotos (eu, inclusive).
É um jeito gostoso de mostrar como a gente pode ficar bonita sem gastar muito. A Ana tem cada ideia boa,né?
Visita e vota lá no seu look predileto : http://hojevouassimoff.blogspot.com/2009/04/votacao-melhor-look-do-bazar-hva-off.html

PS: não precisa votar em mim, eu prometo que vocês continuarão sendo minhas leitoras fofas e prediletas.

POEMA DA MINHA CAMISETA

TUDO ME INTERESSA
E NADA ME PRENDE
ATENTO A TUDO SONHANDO SEMPRE

domingo, 26 de abril de 2009

SE TUDO PODE ACONTECER (ARNALDO ANTUNES)

se tudo pode acontecer
se pode acontecer qualquer coisa
um deserto florescer
uma nuvem cheia não chover
pode alguém aparecer
e acontecer de ser você
um cometa vir ao chão
um relâmpago na escuridão
e a gente caminhando de mão dada
de qualquer maneira
eu quero que esse momento
dure a vida inteira
e além da vida ainda
de manhã no outro dia
se for eu e você
se assim acontecer
se tudo pode acontecer...

Por aí

Fui a ao show da banda Seu Chico. É uma banda composta por 4 rapazes de Recife que só tocam - adivinhe!- Chico Buarque. E o show era na Lapa. Gente, Lapa + Chico é certeza diversão.
Quando comecei a ouvir Chico Buarque, lá pelos 09,10 anos, eu já pensava o que penso hoje: como pode existir alguém tão genial assim? Depois conheci Fernando Pessoa e comecei a ter mais fé na humanidade: uma raça que consegue ter um Fernando Pessoa (e seus heterenônimos) e um Chico Buarque é uma raça que não é de todo ruim.
E a Lapa, pra mim, é um lugar mágico. Tenho alguns lugares especiais, que me dão uma vontade de nunca mais ir embora e que combinam um com outro: Lapa com Chico Buarque; Praça da Matriz, em Paraty, com roda de violão; Lisboa com Pastel de Nata, Pelourinho, em Salvador, com água de coco; Picadilly Circus, em Londres, com chá; Sintra, em Portugal, com Travesseiro da Piriquita e chocolate quente; Belo Horizonte com pão de queijo, Passa Quatro, em Minas, com cachoeira.
Há lugares que não ficam só na minha memória: habitam para sempre o meu coração.

sábado, 25 de abril de 2009

Explico-me

Outro dia publiquei um bilhete (que guardo com muito carinho) de um ex-grande amor no post "Eu acredito em quem gosta de mim". Choveu gente perguntando "e cadê ele?", "como assim você não ficou com ele?".
A única explicação que tenho para não estarmos juntos é uma frase que ouvi há muito tempo de uma professora de Literatura: A GENTE NUNCA SE CASA COM O GRANDE AMOR. QUANDO CASA ELE DEIXA DE SER.
Bem, é meio fria e pragmática essa afirmação, mas concordo com ela.
Quando alguém me pergunta se já tive um grande amor, digo que tive 1 e meio: com o primeiro me casei e então o amor acabou rapidinho. O outro foi o autor do bilhete, que por um motivo muito bobinho meu e dele (orgulho,sabe?) terminamos.
Talvez tenhamos deixado incompleta uma linda história. Ou talvez o segredo seja este: não ir até o final e assim garantir o "Happy End".

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O 1o selinho a gente nunca esquece

Acordei meio tristinha hoje e vim pro meu cantinho da felicidade: este blog onde sempre encontro uns comentários tão fofos sobre o que escrevo e principalmente sobre mim.

Fiquei feliz por um presentão da Lisa Nunes, do Inquietações: um selinho pro meu blog. O 1o que recebo (sempre que via um nos outros blogs eu perguntava "será que um dia vou ter um no meu?").

Lisa, obrigada de coração. Só que eu acho que se um ou outro "ex" meu vir este mimo vai dizer "Nem tão bem resolvida assim" rs rs rs . O problema é deles, né?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Filme e livro



Geralmente eu opto pelo livro, em vez de ver o filme. Mas sabe como é: Oscar em 8 categorias desperta curiosidade. Vi o filme e adorei (até fiz um post sobre isso).

Às vésperas do feriadão,não resisti e comecei a ler o romance "Sua Resposta Vale um Bilhão" , que deu origem ao filme. O livro é uma narrativa à maneira das "Mil e Uma Noites": uma personagem conta histórias para outro. O contador de histórias aqui é ganhador de 1 bilhão de rúpias num programa de TV de perguntas e respostas.

Honestamente não consigo dizer qual gostei mais: ambos são lindos e prendem a atenção. O filme é daqueles que você passa vários dias pensando na história. E o livro faz a gente ficar triste quando termina.

Viva Chico!




"Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história de sua linhagem desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até o tataraneto, garotão do Rio de Janeiro atual.
Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e econômica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos"

Este é o mote do livro "Leite derramado", do fabuloso Chico Buarque e que me fará companhia neste feriado geladinho. Companhia melhor impossível, certo?

terça-feira, 21 de abril de 2009

A PESSOA É PARA O QUE NASCE*

Num dos últimos posts, escrevi sobre como é bom dançar sem o compromisso de acertar o passo, sem precisar estar no ritmo e coisas do tipo. Recebi um e-mail de um leitor (gente, que chique: a pessoa aqui tem leitores!) dizendo que eu deveria visitar um estúdio de dança e ver como o ambiente é descontraído e que é possível aprender a dançar (e fazer aquelas coreografias que pra mim são mais assustadoras do que Grego. Afinal, na faculdade estudei grego rs rs rs) sem perder a espontaneidade.
Leitor querido, acredito em você. De coração, acredito que deve ser muito legal o ambiente de um estúdio, que os alunos de dança devam ser excelentes companhias. Vale aqui aquela frase: É FÁCIL. QUANDO SE SABE. Ou pelo menos quando se tem facilidade para aprender. Aí é que tá: acredito que tem coisas que são fáceis para algumas pessoas e mais difíceis para outras. A questão (e foi sobre isso que eu quis dizer no post) é que eu posso gostar de dançar mas não querer saber as técnicas para isso.
Em 2005, numa palestra da
FLIP, fiz uma pergunta para a Marina Colasssanti que era mais ou menos assim "Escrever é um dom ou é preciso estudar para aprender a escrever? Já ouvi as duas afirmativas: uns dizem que tem gente que nasce 'pra coisa', que por ser sensível e observadora expressa em palavras o mundo a sua volta e que estudar técnicas tira a espontaneidade, faz o texto ficar 'mecânico', previsível. Já outras pessoas dizem que é fundamental aprender técnicas, estudar muita teoria literária para ser um bom escritor". A Marina Colassanti é uma poeta daquelas que toca fundo na alma da gente. E sua resposta também me tocou. Ela disse "Aline, uma coisa não exclui a outra. É possível ter o dom e estudar para aprender mais. A sensibilidade vai ditar o tom na hora da escrita. E como sabemos, estudo nunca é demais". Aí, completou "Você me parece escritora. Estou certa? ". Quase morri de vergonha e só respondi "Sou formada em Letras" e ela disse "viu? escolheu a faculdade porque tinha o dom. Aposto que tudo o que aprendeu lá somou pontos para uma futura carreira literária". Aí, como ela estava sendo entrevistada pela minha Tia Marina (Marina Gouvêa, minha poeta predileta) eu brinquei: eu sou sobrinha dessa outra Marina aí. Será que é genético? Demos risadas e a palestra ficou ainda mais gostosa. Nunca me esqueci do que ela disse: a sensibilidade vai ditar o tom.
Então, meu leitor indignado (eu aposto que você faz dança de salão. Acertei?), eu digo uma coisa: a sensibilidade também dita o tom na hora de dançar. Por isso, para você que faz aulas de dança, essas aulas só acrescentam. Pra mim, seriam um aprisionamento. Porque eu não tenho a sensibilidade e nem a intenção de aprender a dançar. E também não tenho lá muito jeito.
E sabe o que mais legal nisso tudo? É ver que cada um tem um dom, cada um tem um gosto para uma coisa. E um gosto não exclui o outro. Quem sabe um dia você me convide para fazer uma aula com você? Quem sabe eu não o convide para um dos work shops que faço sobre literatura?



*A PESSOA É PARA O QUE NASCE é um filme de Roberto Berliner sobre três irmãs cegas que viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do Nordeste do Brasil.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bridget Jhones no limite da razão. Ou: Muito prazer, esta sou eu. Aline Gouvêa


A londrina Bridget Jones volta a divertir os leitores com as peripécias narradas em seu diário. Agora, ela finalmente conseguiu arranjar namorado. Nem por isso deixou de ter problemas. Eles apenas mudaram!

domingo, 19 de abril de 2009

Dia de Rei

Hoje é aniversário do "Rei Roberto" e tenho certeza de que você também tem pelo menos uma canção que emociona ou marcou uma época de sua vida.
Eu tenho várias, praticamente uma para cada pessoa amada.
Lá em casa sempre fomos muito ligados em música isso fazia a gente eleger uma e dizer "essa é pra você". Há alguns anos fiz um CD só com as tais músicas "lá de casa" e fiquei surpresa de como havia canções do Rei.

* De mim para meu pai: MEU QUERIDO, MEU VELHO, MEU AMIGO
" (...)Eu já lhe falei de tudo, Mas tudo isso é pouco Diante do que sinto... Olhando seus cabelos tão bonitos, Beijo suas mãos e digo: Meu querido, meu velho, meu amigo "

* De mim para minha mãe: LADY LAURA
"Tenho às vezes vontade de ser Novamente um menino E na hora do meu desespero Gritar por você. Te pedir que me abrace E me leve de volta pra casa, Que me conte uma história bonita E me faça dormir. Só queria ouvir sua voz Me dizendo sorrindo: Aproveite o seu tempo Você ainda é um menino. Apesar da distância e do tempo Eu não posso esconder: Tudo isso eu às vezes preciso Escutar de você (...) Quantas vezes me sinto perdido No meio da noite, Com problemas e angústias Que só gente grande é que tem. Me afagando os cabelos Você certamente diria: Amanhã de manhã Você vai se sair muito bem"

* Do meu pai pra mim: DEBAIXO DOS CARACÓIS DOS SEUS CABELOS (ele cantava quando vim morar no Rio e me via triste, com saudades de casa)
"Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Uma historia pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, Um soluço e a vontade de ficar mais um instante.
As luzes e o colorido Que você vê agora Nas ruas por onde anda, na casa onde mora. Você olha tudo e nada te faz ficar contente Você só deseja agora Voltar pra sua gente (...)

Você anda pela tarde E o seu olhar tristonho Deixa sangrar no peito Uma saudade, um sonho.
Um dia vou ver você Chegando num sorriso Pisando a areia branca Que é seu paraíso (...)"

E tem a eterna, que eu canto pra minha mãe, pro meu pai, pra minha irmã, pras sobrinhas-afilhadas e também para os "irmãos de coração" que a vida me deu:

Eu tenho tanto pra te falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você
E não ha nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você.


Nem mesmo o céu, nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Não é maior que o meu amor, nem mais bonito.


Me desespero a procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você.


Nunca se esqueça nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você.

Por isso eu gosto tanto do Roberto Carlos, porque com suas composições ele faz minha família ainda mais unida. E isso é a melhor coisa do mundo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

LOUCO OU PSICOPATA?

Adoro novela, adoro a Glória Perez e acabei de ler uma entrevista com ela, que falou sobre um dos assuntos que ela vai abordar em Caminho das Índias:
LOUCURA X PSICOPATIA

"Toda vez que um psicopata comete uma atrocidade, é posto no mesmo rol que os loucos. Isso alimenta o preconceito. Loucura e psicopatia são condições inversas. Loucura é doença tratável. Psicopatia é estrutura de personalidade e não tem tratamento, ao menos por enquanto. A loucura implica um excesso de sentimento, já a psicopatia é a ausência deles. O psicopata é pura razão.
"

Se tivesse de escolher, você seria o quê? LOUCA, com certeza, né? De poucos sentimentos o mundo está farto. E personalidade desestruturada é o que não falta por aí.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Mais nomes confirmados na FLIP

Mais três autores brasileiros estão confirmados na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip): Arnaldo Bloch, Sérgio Rodrigues e Tatiana Salem Levy.
Durante o evento, que vai de 1 a 5 de julho, eles participarão de um debate sobre pesquisa e invenção.
Outros escritores brasileiros já confirmados na festa são Chico Buarque, Milton Hatoum e Cristovão Tezza. Também estarão lá os quadrinistas Rafael Grampá, Fábio Moon, Gabriel Bá e Rafael Coutinho.

Mammy

Queridas,
acabei de chegar do hospital (nem fui trabalhar). Foi uma noite bem conturbada, ela sentiu muitas dores (tomou até morfina) e passamos a noite em claro.
Felizmente está progredindo e já deve ter alta hoje, daqui a pouco.
Obrigada pela preocupação. De coração: fiquei emocionada com as palavras carinhosas e por saber que arrumaram um tempinho para fazr uma oração para ela.
Que Deus e Nossa Senhora Aparecida abençõem vocês e suas famílias.
Beijos da blogueira emocionada.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pedido à Nossa Senhora Aparecida

Amigos,
Minha mãezinha passou hoje por nova intervenção cirúrgica (para retirar o restante da pedra que estava no ureter). Ela já está de volta ao quarto, mas está com dores intensa e precisou tomar morfina. Felizmente está bem assistida pelo nosso médico de confiança, Dr. Laurinei Muniz, e num excelente hospital.

Tenho certeza de que minha "Mãe do Céu", N.Sra.Aparecida, já está agindo e fará com que a recuperação seja rápida. Peço a quem puder, que faça uma oração por ela.
Obrigada.







Querida Mãe!Vós, que nos amais e nos guiais todos os dias;

Vós, que sois a mais bela das Mães,

a quem eu amo com todo o coração!

Eu Vos peço, mais uma vez,

que me ajudeis a alcançar esta graça,

por mais dura que ela seja!


QUE MINHA MÃE MARIA EUGÊNIA DE GOUVÊA MELLO, QUE FOI NOVAMENTE SUBMETIDA A UMA INTERVENÇÃO CIRÚRGICA PARA REMOÇÃO DE UMA PEDRA NO URETER, SE RECUPERE LOGO. ELA ESTÁ COM MUITAS DORES E PEÇO QUE ISSO SEJA BREVE.


Sei que Vós me ajudareis e

me acompanhareis sempre,

até a hora de minha morte.

Amém!






A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA. A GENTE QUER COMIDA DIVERSÃO E ARTE.



Entre os dias 14 e 17 de maio, quem estiver em São Paulo, não pode perder o maior encontro de artes plásticas da América Latina, que vai rolar no Pavilhão da Bienal . Também haverá convidados de países como Portugal, Espanha, e França, o que garante uma rica experiência com arte contemporânea e com a notável qualidade de mais de 1.500 obras de artistas renomados e jovens talentos. O destaque "made in Brazil", com sucesso internacional, é a Beatriz Milhazes.

Pra conhecer um pouquinho mais sobre esta artista plástica incrível, e támbém para quem não poderá visitar a exposição, sugiro uma matéria muito legal na revista Bravo! . Aliás, esta revista traz sempre matérias ótimas sobre Literatura, Teatro, Cinema, enfim, todos os tipos de ARTE.






Dar não é fazer amor / Tati Bernardi

E por falar em dar… dar não é fazer amor. Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto.Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: “Que cê acha amor?”.
Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Desejos das Luluzinha´s

Ontem eu e minhas amigas fizemos nossa tradicional reunião, com vinho, Marisa Monte e muita, muita conversa. Ou seria Marisa Monte, conversa e muito, muito vinho?
Fizemos uma lista dos 10 sonhos-obsessões de nós, mulheres lindas e gente boa:

1. Vestido tomara que caia;
2. Calcinha tomara que tirem;
3. Soutien tomara que sustente;
4. Salto tomara que eu não caia;
5. Cartão de crédito tomara que passe;
6. Gato tomara que seja solteiro;
7. Cabelo tomara que não arme;
Chocolate tomara que não engorde
8. Namorado tomara que me ligue;
9. Amante tomara que não broxe;
10. Marido tomara que seja fiel.

Deixamos muito claro que não somos tão exigentes a ponto de querer tudo de uma vez.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Carta à Revista Nova (que eu não mandei)

uma querida amiga, a Aline Souza, publicou um (ótimo) texto na edição de Setembro da Revista Nova (Mereço ser amada do jeito que sou) falando sobre as dores e delícias de ser uma representante da "geração Sex and the City". E embora eu seja um pouquinho mais velha que ela, também faço parte desta complicada, libertadora e controversa geração. Ela questionava no texto se valeu a pena investir tanto em estudo e por ter seguido (quase tudo) o que a mãe ensinou e assim ter se tornado uma "mulher independente" (jurei que nunca mais usaria este termo, mas é o mais apropriado e também usado por ela). E a queixa dela era que, apesar de inteligente, dona do próprio nariz e linda (isso ela não disse porque, como todas nós, nunca nos achamos lindas. Mas ela é linda, sim) está sempre sozinha. E quando parece que encontrou um grande amor, o cidadão faz que nem o Homem Vick, que a Leila Ferreira, da Marie Claire, falou. No entanto, discordo de vários aspectos que ela aborda. Exceto quanto ao título, óbvio! Pra começo de conversa (e eu disse isso a ela), depois que a gente faz 30, a gente descobre que o grande amor da nossa vida é a gente mesma. E isso faz toda diferença. Diferente da outra Aline, não fui criada com o claro objetivo de ser livre e não depender de ninguém. Minha mãe me criou para ser feliz: Com marido, sem marido, com ou sem carteira assinada. O importante era estar confortável com as escolhas que eu fizesse. Como toda mãe, a minha é muito sábia e sempre disse que eu deveria, sim, aprender a cozinhar: para mim mesma ou para quem quer que fosse. Deveria também aprender a limpar a casa, afinal, morar numa casa imunda não é nada inteligente. Dentro desse compromisso de "apenas’’ ser feliz, fui vivendo: aprendi outras línguas, estudei e li pra caramba! Acabei, adivinhe, me tornando uma “mulher independente”. E isso é bom? Não sei: nunca fui de outro jeito e minha vida é tão corrida que não dá tempo de tentar mudar e ser diferente. Sim, eu sei, dizem as más línguas que “homem tem medo de mulher independente”. E daí? Eu não quero mesmo me relacionar com homens medrosos ou que tentem mudar minha personalidade. Pô! Deu um trabalhão me transformar em quem eu sou hoje... não vou mudar só pra agradar alguém. Pra falar a verdade, não quero nem que me elogiem ou me critiquem. Eu quero mais é repetir o título do texto da outra Aline: Mereço ser amada do jeito que eu sou. Porque eu sou legal à beça. E porque ter emprego com salário bom e poder ir aos lugares com os próprios pés não é defeito. Mas... antes que me chamem de “fria e calculista’’ aviso logo: adoro um colo e mimos do meu gatinho! Também gosto quando abrem a porta do carro, dou valor às datas, assisto a programa de fofoca e a-d-o-r-o não dividir conta de restaurante e não pego no chinelo pra matar barata de jeito nenhum. Talvez não haja tanta diferença entre mim (e milhares de mulheres desta geração) e outras mulheres que optaram por serem mães, donas-de-casa ou simplesmente viverem para o marido. E essa pequena diferença não me destaca em nada, não é motivo nem de orgulho e nem de arrependimento. Não sou “repelente de homens” e nem vivo procurando um homem pra chamar de meu. Assim como ter filhos e formar uma família não está no topo de minhas aspirações. Casamento também não é a minha: já vivi junto uma vez e percebi que tem jeito melhor de me relacionar com o cara que amo. Se eu vou me arrepender de não ter filhos? Não tenho como saber. Também aviso logo que não vou morrer de solidão só por não envelhecer ao lado de alguém. Quando se tem amigos, família boa perto e muitos livros não se tem tempo para se sentir sozinha. E quando se gosta da própria companhia, aí você passa a dar risada de quem pergunta se você não se sente só. Solidão para mim é eu me perder de mim mesma.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

CABELO NOVO

Pecado passo a passo



















FELIZ PÁSCOA PRA VOCÊ TAMBÉM!

Cristiana Guerra adormeceu meu lado capricorniano

Sou capricorniana até o último fio de cabelo. Mas tenho de fazer uma ressalva: eu pinto o cabelo. Isto que dizer que o "peixes" do meu ascendente me faz, sim, acreditar naquela frase batida (olha o lado capricorniano blazée, aí, gente!) : NADA ACONTECE POR ACASO.
Explico-me: estava meio tristinha por conta de uma das mil coisinhas que me deixam tristes. Nada que um feriado ao lado das minhas sobrinhas não cure.
Bem, pra não escrever mais um post daqueles bem deprê e refrescar a cabeça, escolhi ler coisas leves e acabei por escolher uma dessas revistas "de mulher", a Criativa . Fui dar uma olhada nas partes leves, como dicas de livros e cd´s . De repente, vi a a história da Cristiana Guerra , que já conheço do blog Hoje Vou Assim. Só que eu só conhecia o lado glamouroso e fashion dela. Na tal revista, soube que a moça perdeu os pais cedo e, grávida de 7 meses, o marido, o amor de sua vida, morreu de repente. Não consegui terminar de ler a matéria mas fui direto para o blog Para Francisco .
Francisco é o filho dela e do Guilherme, que morreu aos 38 anos, provavelmente de arritmia cardíaca (ainda não descobriram o que realmente aconteceu).
Como se fosse um diário, Cristiana escreve sobre o amor lindo que eles viveram, as histórias, as declarações, as músicas, enfim, um registro para o Francisco saber sobre como seus pais se amavam.
Não foi por coincidência que descobri o blog. E meu lado capricorniano concorda comigo. De vez em quando vale muito a pena não se deixar levar por um ou outro tropeço, por um ou outro grande problema. De vez em quando vale muito a pena viver.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Razão? O que é isso mesmo, hein? Pra quê?

Estava a navegar no Blog Miojo e estava encantanda com as sugestões de adesivos para paredes. Dei de cara com uma das frases que eu tenho tatuada na alma.



terça-feira, 7 de abril de 2009

Da Série: Justificativas

Li uma frase que me fez dar uma gargalhada. É uma excelente explicação para quando aquela amiga que acha todos os carinhas com quem você sai feio ou desinteressante.

"Aquela lingerie custou foi muito cara para ninguém vê-la em mim"


Bem, tem a opção de mandar a amiga à merda, mas sabe como é... grosseria é tão deselegante,né? Prefiro o humor.

To ficando metida...

É que ontem recebi cartinhas da minha afilhada e da irmã linda e hoje a Ana do Hoje Vou Assim Off dedicou um post pra mim.
Carinhos de pessoas queridas sempre levantam meu astral.
Viu, Ju, tô ficando menos azeda hehehehe
Beijos pra Gisele, pra Ana e pra Juliana, que também já ganhou post exclusivo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um dia nunca é comum

Tradução (ela só tem 5 aninhos e será alfabetizada este ano): Dinda Aline, te amo do fundo do coração.


Trabalhei o dia todo, fiz uma sessão de massagem, fiquei em dúvida de pintava ou não o cabelo. Comprei um colar com dois pingentes de menininhas, que representam meus dois grandes amores: Lara e Liv, sobrinhas amadas.

Vim pra casa achando que era um dia comum: iria ler um pouco, talvez escrever alguma coisa por aqui, ligar pra uma amiga que acabou de se mudar e tá morando aqui perto. Um dia normal, enfim.

Mas tive uma (linda) surpresa: chegou uma carta da minha irmã. Segue aqui na íntegra:


"Paraty, 03/04/09


Oi, Aline, tudo bem?

Você sabe o quanto eu adoro escrever, não é mesmo? Mas, em sua homenagem, abri uma excessão. Minha irmã não tem hábito de escrever. Bem, nem hábito e muito menos tempo.

Ontem pela manhã, vi uma cena linda, daquelas "tipo novela". Peguei a Lara dormindo com a cartinha que ela fez pra você. Foi realmente muito fofa a cena!

Aline, repare que a danadinha não só caprichou no conteúdo, como também caprichou no envelope. Muito lindo, né?

Ela escreveu esta cartinha num dia desses aqui na loja e me pediu para colocar na caixinha, 'aquela que chega carta, aquela mágica'. Mas como você bem sabe, minha vida de Yoga e cabeleiro é muito corrida e acabei esquecendo... Minha irmã, além de cuidar de 02 filhotas, ainda tem uma loja e é funcionária da Prefeitura. E depois dizem que a Mulher Maravilha é aquela dos filmes... Esse pessoal não sabe de nada mesmo.

Mas depois da cena, não tive como deixar pra lá.

Querida, aproveitando a oportunidade, coloquei junto uma foto da Liv com o uniforme da escola, no 1o dia de aula. Eu ia te entregar esta foto no próximo feriado, mas resolvi me adiantar pra você ir matando um pouquinho a saudade das meninas. Será que ela ainda não sabe que não fico 1 dia sequer sem olhar mil fotos das minhas gatinhas?

De coração espero que você goste da foto e da cartinha,pois as duas estaõ sendo entregues com muito amor.

E por falar em amor, minha irmã, vê se você se cuida, tá? Pois você tem duas sobrinhas-afilhadas que te amam muito te esperando.


Beijos,


Gisele"


E pensar que às vezes eu acho que felicidade plena é coisa de novela...

MAIS ANIVERSÁRIOS


Aniversário de Princesa: Alexandra assopra velinhas e eu a abraço bem apertado, com muito carinho para desejar que Deus a ilumine ainda mais.

Também é aniversário do Fernando Moreira, do "Page Not Found" (já viu nome mais original?) Fê, adoro você.

"São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora."

- Carlos Drummond de Andrade,

Mais aniversários de pessoas queridas

Hoje a Alexandra assopra velinhas e eu a abraço bem apertado, com muito carinho para desejar que Deus a ilumine ainda mais.

Também é aniversário do Fernando Moreira, do http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/
amigo blogueiro (bem, primeiro era só blogueiro, depois que virou amigo) muito querido.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um dia especial

Hoje é um dia especial. É o aniversário de uma amiga da "nova safra". Ela veio de mansinho, através de uma irmã do coração. E foi exatamente aqui, no meu coração, que essa moça de riso gostoso, que faz a gente se sentir bem só por estar ao lado ou receber um "oi" no msn.
Essa moça é bárbara. A mãe dela já sabia disso e por isso a registrou com o nome de... BÁRBARA.
Barbita, nós do signo de Terra temos uma certa dificuldade em expressar nossos sentimentos. Mas falar que eu te adoro é tão fácil, é tão natural. Você é uma amiga bárbara; uma pessoa bárbara. E eu te desejo todas aquelas coisas lindas que desejamos às pessoas que nos são queridas.
Parabéns, querida.

O que eu ganho com isso?



















Recebi um e-mail de uma revista feminina com um convite: "Seja você também uma mulher Nova". Assim como todas minhas amigas, suas amigas e grande parte da mulherada por aí, eu leio essa revista, sim. Mas é só de vez em quando. "De vez em quando" pode, né?

Ah! Peraí, antes tenho que dizer que fiquei com uma pergunta na cabeça: o que eu ganho com isso? Como minha vida vai mudar quando eu for uma "Mulher Nova"? Mas o fato é que fui lá no site e, numa rápida olhada nos assuntos, saquei que um dos critérios para ser uma "Mulher Nova" é gostar de sexo. Bingo! Tenho chances, muitas chances: adoro o esporte. Dois ou três cliques depois, entendi que não é só gostar, tem que praticar muito sexo. E tem que ser sexo animal, se não, não vale.


Numa outra seção, vi que é preciso também ter cabelo no estilo lindo-de-morrer-e-matar-todas-as-outras-de-inveja. Perdi vários pontos neste quesito. E nos próximos também: é preciso malhar o bumbum, ter barriga chapada, ser expert na paquera... Cansativo isso, hein? Mas deve valer a pena, pois, segundo a revista, depois que eu virar essa mulher Nova, vai ter um monte de homem babando por mim e vou encontrar meu grande amor rapidinho.


Aí me lembrei que meu coração já anda cheio de gracinhas pra cima de um carinha aí. Será que sendo uma "Mulher Nova" vou conquistá-lo de vez? Continuei navegando quando dei de cara com uma coluna chamada "Orgasmo Já". Entendeu? É obrigatório gozar, hein? Se você já estava aí toda animadinha se considerando uma "Mulher Nova" só porque transa várias vezes por semana, tem peitão, um bronzeado lindo, calma aí! Não é bem assim... você tem que gozar em todas as vezes também. Pronto, decidi: não vou me candidatar a ser uma "Mulher Nova", afinal além de ter poucas chances, não quero todos os homens do mundo babando por mim, não quero ninguém de olho grande no meu cabelo, minha bunda nunca freqüentou e nem vai freqüentar academia e... bem, de sexo eu gosto, mas não vou fazer aqueles exercícios de pompoarismo que ensinaram na edição do mês passado. Ah,não vou mesmo!


Resignada por saber que nunca serei uma "Mulher Nova", fui ler outras revistas on line. Toda vez que meu chefe viaja eu faço isso, sabe? Tiro umas horas pra ficar só de bobeira aqui no trabalho. Sou uma uma mulher tão comum, concordo.


Uma delas me fez ter um acesso de riso por causa de uma matéria com abdominais de 5 formas diferentes. Tem até um que é feito em pé. Mais risos. Eu não faço abdominal, eu faço lipo, darling. Torturante aquele lance de ficar lá se contorcendo. Parei de rir quando li uma matéria com o nome "O que você faz para manter-se em forma?". Po! Eu ralo muito na esteira e passo muita fome pra tentar manter meu peso. Me deu uma raiva ver aquela mulherada lá dizendo "não faço nada demais, só um pouco de Yoga "; "faço sppining mas como arroz com feijão todo dia "; "não consigo abrir mão do meu chocolate, por isso compenso nos aeróbios". Mentira! Tudo mentira! Po, sacanagem elas falarem isso. Vai que os caras resolvem acreditar: vão me chamar de preguiçosa porque eu estou eternamente em dieta e nem por isso "tô podendo".


Quer saber? Não quero ficar saradona e nem ser uma "Mulher Nova"! Eu vou é continuar com minha vidinha aqui porque ando muito feliz assim. Do fundo do coração, espero que meu gatinho não se incomode em ir pra cama com uma mulher comum porque eu é que não vou parar todas as minhas atividades diárias pra me dedicar exclusivamente ao estudo do Kama Sutra, ficar horas sob o sol... pô! Eu teria de decorar tanta coisa que acabaria ficando bem diferente do que eu sou. E pela Lei de Murphy, é bem capaz de ele (do meu gatinho) gostar de mim do jeito que eu sou. Já pensou? Tanto esforço pra nada.


Então, depois de abominar todas as dicas dessas revistas, só me resta pedir a Deus pra não passar por mentirosa quando um dia você me encontrar malhando feito louca pra ter uma barriguinha menor. Porque eu posso não ser uma "Mulher Nova", mas sou mulher, né? E trago em mim todas as contradições do Universo.


Uma carta e um segredo

Querida Juliana,

Eu não publico "ipsis litteris" o que acontece comigo ou com minhas amigas aqui no blog. Seria uma baita exposição, além de não me exigir nenhum exercício de raciocício criativo, concorda?
Escrever exatamente o que se passa é coisa para Historiador. Eu não sou historiadora, eu sou é metida a escritora. Meus texto são uma "colcha de retalhos" composta de experiências que vivi , que ESCUTEI e que também só PENSEI.
Você ficaria muito desapontada se eu revelasse que muitas vezes conto que fui eu que fiz tal coisa mas na verdade foi uma amiga? O contrário também rola: digo que foi outra pessoa mas fui euzinha quem protagonizou a história. Seja trágica, seja cômica. O bom de poder escrever é que a gente é personagem ou narrador, depende do humor, depende do dia.
Eu não sou tão mal-humorada assim. Às vezes eu sou até bastante "easy going".
Vejo o lado bom da vida pelo menos uma vez por dia. Nem que seja por olhar as fotos das minhas sobrinhas, que são as mais lindas e amorosas do mundo.
Tem dia que eu tenho vontade de nunca mais escrever nada triste, mas acho que é meu jeito mesmo. Já disse em algum lugar que eu tenho uma alma melancólica e que não gosto de felicidades falsas, daquelas que a gente consegue com Prozac ou com um olhar bem fútil da vida.
Querida, se você soubesse como eu não sou fútil ou mal agradecida com a vida... se você soubesse o valor que eu dou por uma coisinha à toa, bem bobinha mesmo, como poder segurar a mão de alguém à noite, pra minha tristeza passar. De vez em quando tem uma tristeza teimosa que me abraça e fica aqui comigo um tempão. Mas aí eu vou pra casa da minha mãe e ela faz uma comidinha gostosa, meu pai se senta pra escutar música comigo e, de repente, sou a pessoa mais feliz do mundo.
Vou contar um segredo, mas prometa guardá-lo bem guardado, tá? Eu sou dramática à beça. Bem, muito mais quando escrevo do que quando a vivo a vida de verdade. Minha vida eu cuido de maneira muito prática, porque acredito que quem faz os problemas e as infelicidades é a gente mesma. Mas, como eu gosto de um drama, capricho na dose usando as palavras escritas.
Talvez pareça uma maneira meio estranha de se viver (ou de se escrever), mas é que, pode reparar, quando a gente dramatiza, quando a gente exagera, acaba criando uma caricatura. E acaba rindo também. As maiores descobertas que fiz na vida foram feitas quando consegui rir de mim mesma. E vamos combinar que tem de ser muito bem-humorada pra fazer isso.
Guarda esse segredo com você e prometa-me mais uma coisa: você vai ler outros textos meus. Tem uns que são quase engraçados. E também vai continuar visitando meu blog.
Quem sabe, Ju, de vez em quando eu seja mesmo um tanto injusta com a vida? Quem sabe eu devesse ver o lado rosa da vida mais vezes ao dia? Quem sabe dramatizar não é um jeito de pedir colo? E aí você vai concordar comigo: sou bem convincente, afinal, já conquistei uma leitora que vem aqui só pra saber como estou.

1 beijo,

Aline

quinta-feira, 2 de abril de 2009

UM LIVRO PRA QUEM TEM CORAGEM


"Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro!”

Canção para um desencontro

Deixa-me errar alguma vez,
porque também sou isso: incerta e dura,
e ansiosa de não te perder agora
que entrevejo um horizonte.
Deixa-me errar e me compreende
porque se faço mal
é por querer-te desta maneira
tola, e tonta, eternamente
recomeçando a cada dia
como num descobrimento
dos teus territórios de carne e sonho,
dos teus desvãos de música ou vôo,
teus sótãos e porões
e dessa escadaria de tua alma.
Deixa-me errar
mas não me soltes
para que eu não me perca
deste tênue fio de alegria
dos sustos do amor
que se repetem
enquanto houver
entre nós algum sentimento

Poesia nunca é demais


ao lado da cama
sapatos em cadarços
amarram histórias,
e não sei se calço
ou descalço de vez
esses tantos vultos

Antes que elas cresçam/ Affonso Romano de Sant´Anna

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores, tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?
Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.
Pois ali estamos, depois do primeiro e do segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascensão, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, vendo como redigimos nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.
Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta dizer “bonne route, bonne route”, como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha oferece o primeiro jantar no apartamento dela.
Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.
Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora de os pais na montanha terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.
O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Misteriosa eu?

Com certeza você já viu uma dessas ou no seu trabalho, grupo de amigos ou mesmo andando nas ruas. Talvez você até mesmo seja uma dessas mulheres. Meu sonho era ser assim: misteriosa.

É fácil reconhecer a mulher misteriosa: não atende o celular na sua frente, se levanta e vai atender bem longe de você. Por que terminou o namoro da mulher misteriosa? Ela enjoou dele? Levou um pé na bunda? O cara morreu? Ela ta sofrendo? Você nem sonha. Ela não conta nem pro terapeuta. Sua idade é entre 25 e 38 anos. Não dá pra saber só de olhar. Seu rosto se desfaz em segundos. Ela gosta de música, porque vive de I-pod. Mas o que será que ela escuta? Nada. você não sabe absolutamente nada da mulher misteriosa. E você louca pra descobrir, ao menos, a marca da sua pasta de dente. Numa mesa de bar com conversa animada ela se limita a sorrir. Numa festa importante ela se limita a aparecer por minutos e desaparecer em segundos. Em um show ela jamais canta as letras, rebola, comemora, fica suada.

Ela nunca fala de ninguém e muito menos dá assunto para alguém falar dela. Não se tem nada a dizer dessa mulher. Mas, para desespero geral de todas as outras mulheres todos os homens desejam loucamente a mulher misteriosa. Todas as mulheres desejam loucamente a mulher misteriosa. Sua personalidade incerta acaba se tornando uma personalidade fortíssima e seu jeito anulado acaba se tornando um espaço gigantesco para todos imaginarem o que bem quiserem. E eu, como estava dizendo, sempre quis ser dessas mulheres imperfuráveis, inatingíveis, inaudíveis e incompreensíveis. Mas nunca consegui.

Quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. Já to rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. Já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada e publiquei numa revista. E o fulaninho ta morrendo de medo porque escrevi que gosto dele. E se alguém perguntar, vou dizer mesmo que goste dele. E se ele não gostar de mim, minha tristeza não será segredo para ninguém. E minha pasta de dente é para deixar os dentes branquinhos. E quando vou ver, lá se foi a mulher misteriosa que eu gostaria tanto de ser. Porque eu jamais poderia ser uma.

E sofri anos com isso. Até que resolvi conviver de perto com algumas mulheres misteriosas para tentar descobrir o que se passa na cabeça e na alma desses seres incríveis que nunca têm nada a dizer, a doer, a aconselhar, a cantar, a dançar, a morrer de rir, a fofocar, a detalhar, a exagerar, a sonhar, a dividir, a acrescentar. E descobri que a coisa era muito mais simples do que eu imaginava: nada. Não se passa nada de relevante nem na cabeça e nem na alma dessas mulheres. As mulheres misteriosas, tão admiradas e desejadas, não passam de mulheres sem a menor graça. Elas não calam por mistério, charme ou discrição. Calam porque simplesmente não há nada mais sábio que elas possam fazer.


Tati Bernardi