sexta-feira, 24 de setembro de 2010

MOMENTO POESIA

A palavra é uma roupa que a gente veste.
Uns usam palavras curtas.
Outros usam roupa em excesso.
Existem os que jogam palavra fora.
Pior são os que usam em desalinho.

Uns usam palavras caras.
Poucos ostentam palavras raras.
Tem quem nunca troca.
Tem quem usa a dos outros.

A maioria não sabe o que veste.
Alguns sabem mas fingem que não.
E tem quem nunca
usa a roupa certa para a ocasião.

Tem os que se ajeitam bem
com poucas peças.
Outros se enrolam
em um vocabulário de muitas .
Tem gente que estraga tudo que usa.

E você, com quais palavras se veste?
Com quais palavras você se despe?

- A palavra é uma roupa /Viviane Mosé

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dilemas de Amor / AG

E para onde vão os amores perdidos?
Não os que derram errado,
mas aqueles desencontrados,
os não correspondidos?

Será que vão fora,
se perdem no dia-a-dia
ou estão na Aurora,
em forma de poesia?

Os amores do passado
(Dos nossos tempos de criança)
São reciclados
qual sementes de esperança?

Ontem parei e fiquei pensando
Procurei muito, procurei...
Acho que continuo amando
os amores que amei.

sábado, 18 de setembro de 2010

SEM AMIZADE E NEM CHOPE

Ele me liga sempre na hora da novela e eu nem reclamo. Abaixo a TV, acendo um cigarro, bebo Coca Light e a gente conversa sobre tudo o que sabe que não vai fazer junto.
De vez em quando o assunto acaba e a gente finge que não percebe, aí fala de coisas que já falou, pergunto quanto foi o jogo e de repente lembro de alguma coisa engraçada que a gente fez naquele dia.
Ele reclama de tédio, me fala que não faz fisioterapia há não sei quantos meses e eu digo que tá errado. Depois falo que isso é problema dele e não vou mais me meter. Mas me meto perguntando se tem feito exercício pro pulmão. Ele diz que o papo tá chato e fala que lembrou de mim outro dia. Aí eu derreto.
De vez em quando esqueço que tem coisas que não se deve perguntar e quando vi, já perguntei. "Tem saído com alguém?" E fecho os olhos (que nem retardada, confesso) com medo de ouvir que sim, que eu não faço mais parte da vida dele. Mas ele sabe que eu morro de ciúmes de quem já não é mais meu e quebra meu galho: diz que não, que não tem saído com ninguém. Derreto de novo.
De vez em quando ele some. Semanas sem nem ao menos um telefonema e eu penso que deve ter conhecido uma vadia qualquer, uma idiota qualquer que não vai entender as manias chatas dele, que eu aprendi gostar.
Eu sei que deveria reclamar do sumiço, mas, quer saber?, nem reparei que já fazia tanto tempo desde a última vez que nos vimos. Aí penso que ele tá tão presente em mim, no que eu faço, que nem deu tempo de morrer de saudade. Logo eu, que vivo morrendo de saudades.
Mas a grande verdade é que nem os sumiços ou a demora em nos ver de novo, nada disso atrapalha a gente, que não tem nem um relacionamento e nem consegue ficar mais de 1 mês sem se falar. A gente não tem nada um com o outro. Nem um pau há entre nós dois. E olha que não sou daquelas que acreditam que dá pra viver numa boa sem um bom sexo.
Tem gente que acha que dá pra ter um "pinto amigo", que é aquele amigo que te liga de vez em quando, que vem na nossa casa todo cheirosinho, só pra dar uma trepadinha e vai embora me deixando com um sorriso feliz no rosto.
Ok, confesso que com esse "tem gente" aí de cima eu quis dizer: eu acho que dá pra ter um amigo e transar de vez em quando com ele sem esperar que ele me ligue no dia seguinte. Mas a verdade é que de um tempo pra cá ando romântica e descobri que dá pra viver um tempo sem pau. Sem homem, nunca. Mas sem pau dá pra viver. Pelo menos por um tempo. Eu acho.
Tenho preferido ele, que me liga e me faz esquecer o resto do mundo naquelas duas horinhas em que somos amigos e às vezes falamos que nem dois namoradinhos. Namorados que se cuidam bem mas ainda não foram pra cama. Volto a ter 16 anos. Eita tempo bom aquele: beijo na boca, de vez em quando uma mão mais ousada e só. Afinal, tá cedo pro resto. E o resto, no caso, é sexo. Tem hora que é cedo pro sexo.
Com ele eu tenho 15, 16 anos, sou virgem e só vou deixar de sê-lo quando tiver certeza de que apareceu o homem certo. E todo mundo sabe que o homem certo não aparece nunca. Então, aproveito pra curtir e falar com ele por telefone sem pressa de dar pra ninguém.
Ele me liga sempre na hora da novela mas eu não tô nem aí. Ele me faz morrer de rir, diz que minha voz é bonita por telefone e que um dia vai me chamar pra tomar um chopp num bar super transado, aqui pertinho de casa. E eu não vou a esse bar com nenhum outro cara do mundo, porque este bar tá reservado pra eu ir com ele. Um dia.
Se eu contar, ninguém acredita, mas curto muito tudo o que ele faz pra mim. É praticamente nada, mas é pra mim, e mulher gosta dessas coisas de exclusividade. Me derreto.
Não que eu fique na janela esperando o telefone tocar, tenho lá minhas recaídas por um ex que me visita de vez em quando. Mas com ele tudo é mais legal, porque eu sei que não vai doer. Não vou chorar por ele. Não vou ter um ataque de ciúmes se o vir com uma vadia qualquer num bar qualquer da Lapa. Não existiu pau entre nós dois, portanto, não vai havar o sentimento de posse e nem aquela vozinha no ouvido "desgraçado, me comeu e agora tá aí com essa biscate".
Mulher não segura a onda de ver outra ao lado do dono do pau que passou duas horas com ela, bricando na cama (ou no sofá, ou no chuveiro, ou sei lá onde mais), chamando de gostosa e dizendo "ai, que delícia" . Sente logo vontade de tomar satisfação, xingar e puxar os cabelos da vaca. E não adianta insistir: não conto se já fiz isso e nem quantas vezes desejei ter feito. Eu não desço do salto e não conto minhas derrotas.
Não adianta que não vou falar nada dessas intimidades cheias de fluídos e sons. Comecei falando dele, que diz que não é meu amigo mas me liga e diz que me adora, mas não me chama nem prum chope sábado à noite. Um chato, como pode se ver.

domingo, 12 de setembro de 2010

ANIVERSÁRIO DA MULHER DA MINHA VIDA

Hoje é aniversário da minha Mãe, a Dona Geninha. Aquela que ainda hoje me afaga os cabelos e diz que amahã de manhã eu vou me sair muito bem.

Mãe, na falta de palavras mais exatas, recorro à poesia do Rei Roberto. Te amo.


Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir

Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino

Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria
Amanhã de manhã você vai se sair muito bem
Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo

Sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você...

sábado, 11 de setembro de 2010

Eu não sei esperar. Eu não acredito em bruxo.

Eu queria te trazer pra mim. Eu que não sei negociar nada e me perco sempre nessa ansiedade de tanto te querer. Não sei por onde você anda, também não sei onde estou porque estou perdida na vontade que não passa de te trazer pra mim.

Eu que já não sentia saudade, sinto falta de deitar com você e de me perder em você.
Eu não sei se minha vida tem a ver com a sua e não vou perder meu tempo pensando nessas coisas que as cartas de algum tarot podem me responder. Eu não acredito em pra sempre e desprezo o que dizem os bruxos.

Eu, que quero sempre tanto, não vou pra janela esperar um novo amor: há amor demais onde estou. Eu estou em você.

Minha natureza é sozinha, preciso de momentos que são só meus e disso não abro mão. E não abro mão de te querer. Eu te procuro demais. Eu me precipito demais. Eu me mostro demais. Eu te quero demais.

Não vou deixar o tempo te trazer: eu não sei esperar. Minhas palavras mal contidas não te servem e nem me servem mais.

Eu não sei fingir ter calma, olhar você ir e não voltar. Eu não sei ver você ir embora de mim. A vontade me apressa e vai me fazer gritar seu nome, feito louca, movida pela minha razão. Quem sabe assim você olha pra mim.

Não escondo a vontade, eu já esperei demais. Vou chegar na sua casa, tarde da noite, fazer barulho na sua porta, sem roupa e sem juízo: quem sabe assim você olha pra mim.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Confio no outro. Sempre.

Pouco, ou nada, me importo aonde vou chegar: há incertezas demais em tudo. Por isso não escolho os caminho pelas paisagens, mas pelos aprendizados que enxergo neles. Se me perder, não me envergonho de voltar. E recomeçar a caminhada. Quantas vezes precisar.
Eu só me importo com o que fazem comigo, com meu coração ou com minha alma. Porque não me escondo e assim estou exposta. Sou presa fácil, mas me recuso a desconfiar do próximo. Confio no outro como um menino confia no pai.

A REFORMA ORTOGRÁFICA EXPLICADINHA

Diretamente do Blog da Ny, aquela fofa, uma dica imperdível: "A Reforma Ortográfica em Versinhos”.


Os autores são o Mauricio de Sousa e sua irmã, a poetisa Yara Maura Silva, autora dos versos. O livro é da Editora Abril, custa apenas R$ 9,95, tem 48 páginas, e é recomendado para crianças entre 7 e 11 anos. Ou para aqueles que querem entender melhor as novas regras que o polêmico (e desnecessário, segundo minha humilde opinião) Acordo Ortográfico.

No livro, os personagens da Turma da Mônica explicam as novas regras ortográficas da lingua portuguesa de maneira divertida, através de versinhos e lindas ilustrações. E mostram quais outros países também falam o português.

Aliás, vocês sabem que países também têm o Português como língua oficial?
* Portugal;
* Ilha da Madeira:
* Arquipélago dos Açores;
* Brasil;
* Moçambique;
* Angola;
* Guiné-Bissau;
*Cabo Verde e
* São Tomé e Príncipe.

Existem ainda lugares que utilizam a língua de forma não oficial, assim o idioma é falado por uma restrita parcela da população, são eles: Macau, Goa (um estado da Índia) e Timor Leste na Oceania. (fonte: Mundo Educação)

Obrigada à Ny pela dica, que repasso a vocês.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Passos/ AG

Um amor passado
Quando passa na calçada
nunca passa em branco espaço.

Há sempre um
"não sei o quê"
que, se não passa despercebido,
passa pela emoção.

Hoje (e talvez sempre!)
se passo próximo de um amor passado,
acho graça,
acho engraçado.
Fico embaraçado.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mulheres comuns que vestem manequim GG assumem papel de Top Model no Dia de Modelo promovido pelo Blog Mulherão


Encontro de 15 gordinhas acontece em um estúdio no bairro do Botafogo no dia 25 de setembro, sábado. Muito sutiã bordado, plumas e autoestima e a presença da consagrada modelo plus size Andrea Boschim


Dia 25 de setembro acontece no Rio de Janeiro a terceira edição do Dia de Modelo Plus Size promovido pelo Blog Mulherão. A proposta do evento é reunir 15 mulheres comuns, que usam do manequim 44 ao 56, para uma sessão de fotos que inclui cliques de lingerie e plumas.

O Dia de Modelo foi criado pela jornalista paulistana Renata Poskus Vaz, uma das organizadoras do Fashion Weekend Plus Size, evento de moda que teve a sua segunda edição em julho deste ano e contou com a participação de 15 grifes, 40 modelos GG e 600 pessoas na platéia, no Senac Lapa Fasutolo, em São Paulo.
Já o evento do Rio de Janeiro não tem a pretensão de formar modelos profissionais, o objetivo é conferir à mulheres comuns o gostinho de ser modelo por um dia, com maquiagem, cabelo, empréstimos de roupas e acessórios, com tratamento digno de estrela e as orientações de uma modelo plus size profissional. Além de fotografarem, essas mulheres de peso confraternizam, tomam um lanchinho caprichado juntas e fazem amizade.
Para mais informações entre em contato:
Renata Poskus Vaz
(11) 7744-6626


domingo, 5 de setembro de 2010

Geração "Sex and the City"

Tem um assunto que, vira e mexe, é tema de loooongas conversas: vale a pena ser uma "Mulher independente"?
Durante esta semana o tema esteve na minha cabeça mais do que nunca, embora deva adiantar que não me considero, em absoluto, uma "mulher independente".
Há alguns meses uma queria amiga minha, a Aline Souza, escreveu sobre as desventuras de fazer parte da ''geração Sex and the City". Ela se questionava se valeu a pena ter investido tanto em estudo e nunca ter aprendido a fazer arroz se hoje, na casa dos "30" está sozinha.
Assim como ela, também faço parte dessa geração que compra o sapato que está a fim, tem um emprego legal, sai com o cara que está a fim e não precisa ficar se explicando pra ninguém.
Só que o glamou dessa vida acaba na página 2. Pelo que percebo, saindo às ruas, em vez de Carries e Samanthas Jhones, esbarramos mesmo nas várias mocinhas em busca de seu Príncipe encantado. E se ele não for assim tão príncipe, tudo bem: ela já não é tão mocinha e por isso acha que não dá pra escolher muito. É que nem fim de feira.
Acho isso o fim do mundo. Sei lá, nunca tive sonho de me casar e ter filhos. Nada contra, só nunca fui de pensar muito no assunto. Já fui casada e posso dizer que não é a minha praia. Há outras formas de viver com o cara que eu amo.
Sendo honesta, no fundo, meu sonho mesmo sempre foi viver um grande amor. Sabe daqueles que você fica tonta? Perde o sono, a fome, a voz. Esse mesmo. E quando coincide de ele também viver este grande amor comigo, aí então é bom demais.
Claro que às vezes rola de um dos dois não sentir coisa de jeito igual. Mesmo assim tá valendo: eu gosto pra caramba de viver paixões.
Aliás, depois que faz 30 anos, a gente descobre que o grande amor da nossa vida é a gente mesma. E isso faz toda diferença em nossas escolhas e definições.
Minha mãe não me criou nem para ser livre e nem para ser dona de casa. Minha mãe me criou para ser feliz.
Com marido, sem marido, com ou sem carteira assinada, o importante era estar confortável com as escolhas que eu fizesse.
Como toda mãe, a minha é muito sábia e sempre disse que eu deveria, sim, aprender a cozinhar: para mim mesma ou para quem quer que fosse. Deveria também aprender a limpar a casa, afinal, morar numa casa imunda não é nada inteligente. Dentro desse compromisso de "apenas’’ ser feliz, fui vivendo: aprendi outras línguas, estudei e li pra caramba! Acabei (adivinhe!) me tornando uma “mulher independente”.
E isso é bom? Não sei: nunca fui de outro jeito.
Sim, eu sei, dizem as más línguas que “homem tem medo de mulher independente”. E daí? Eu não me relacionaria mesmo com homens medrosos ou que tentassem mudar minha personalidade.
Pô! Deu um trabalhão me transformar em quem eu sou hoje... não vou mudar só pra agradar alguém. Pra falar a verdade, não quero nem agradar. Só quero poder ser eu mesma, expor minhas idéias, seja com minhas amigas ou com um carinha interessante.
Não gosto quando dizem que eu deveria agir assim, ou ser menos assim, ou sei lá o quê. Porque pra mim ter um emprego com salário bom e poder ir aos lugares com os próprios pés não é defeito.
Já ouvi algumas vezes que sou "distante", que deveria ser mais romântica. Puxa, logo eu que adoro um colo, um cafuné do meu gatinho! Também gosto quando abrem a porta do carro, dou valor às datas. Isso não é ser romântica?
E já que comecei a falar de mim, vou entregar o jogo: assisto programa de fofoca, prefiro não dividir conta de restaurante, não pego no chinelo pra matar barata. Viu? Talvez não haja tanta diferença entre mim (e milhares de mulheres desta geração) e outras mulheres que optaram por serem mães, donas-de-casa ou simplesmente viverem para o marido e para os filhos. A pequena diferença entre nós não é motivo nem de orgulho e nem de vergonha.
Se eu vou me arrepender de não ter filhos? Não tenho como saber agora.
Também sei que não vou morrer de solidão por não envelhecer ao lado de alguém: quem tem amigos, família boa e muitos livros não tem tempo para se sentir sozinha.
E quem gosta da própria companhia dá risada quando perguntam se você não se sente só.
Solidão para mim seria me perder de mim mesma.

sábado, 4 de setembro de 2010

DE REPENTE, VOCÊ NEM ACONTECEU



Que bom que você não se lembra de nosso 1o. encontro. Que bom que você não se lembra de nosso primeiro beijo e nem da nossa primeira vez. Que bom que você não se lembra dos torpedos que te mandei. Que bom que também não se lembra do torpedo que você me mandou dizendo olhava pra Lua e se lembrava de mim. Que bom que não se lembra dos meus arrepios quando suas mãos grandes me tocavam.
Que bom que você pensava que eu me entregava a você como a qualquer outro. Que bom que você não levou a sério o "eu te amo" dito depois de algumas taças de vinho. Que bom que certamente você nem se lembra disso. Que bom que você já esqueceu meus segredos. Que bom que você não sabe que eu não consegui beijar ninguém mais enquanto havia algo entre nós.
Que bom que você não tem fotos minhas no seu álbum. Que bom que você não entendeu o quanto eu gostei de você. Que bom que você estava dormindo naquela vez que eu chorei porque percebi já havia acabado o encanto.
Que bom que você não me viu triste ontem, antes de ontem e nem em outros dias.
Que bom que você não se lembra mais do meu corpo. Que bom que você não se deu conta do quanto era forte e verdadeiro os carinhos que eu fazia em você.
Que bom que você não vem mais aqui. Que bom que eu não existo mais.
Quem sabe assim, qualquer hora, eu perceba que nenhuma das minhas lembranças tenham acontecido e que minha saudade não faz sentido.