terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nunca por inteiro

Fazia muito tempo que eu não ficava alegre por alguém me ligar domingo à tarde. E eu fiquei hoje. Alegre, mas só isso. Nada comparado ao que já fui. Pode não parecer, mas eu já fui muito feliz. É estranho me lembrar disso porque hoje tenho a impressão de que um sorrisão não combina com meu rosto. Quando sorrio, o sorriso vem artificial. Mas ficar alegre já foi um grande passo, uma vitória e tanto. Pode ser o início, pelo menos. 

Ontem contaram uma piada tão engraçada, daquelas que a gente tem de ser inteligente pra poder rir, e eu ri alto. Ri demorado. Só parei quando lembrei que não ia poder contá-la pra você. Eu sempre fazia isso, lembra? Tudo o que eu via de legal, de engraçado ou sei lá o que, eu contava pra você. E nós dois ríamos juntos um tempão. Você me fazia rir de quase tudo. Eu era feliz naquele tempo da gente juntos. É foda ver que estraguei tudo por causa do medo eterno de me mostrar. 

O carinha que me ligou hoje à tarde foi aquele que conheci antes do Natal. A gente se fala sempre, mas desde a semana passada a gente tem se visto também. Todo dia. E ontem ele disse que gosta de mim. Quem diria, hein? Uma pessoa que me conhece há mais de três meses e que tem estado comigo vários dias seguidos consegue gostar de mim. É estranho pra mim, não estou acostumada. O pior é que se bobear estou gostando dele também. Ainda não sei, mas parece que estou. Mesmo assim, não estou feliz. É que me interessar por alguém me faz lembrar de você. E toda vez que eu me lembro de você, cai uma lágrima. Nem é dos olhos, às vezes é da alma. 

Ainda que o tempo sempre cure as dores, a que você me fez sentir ainda está meio viva. Desde que você foi embora, tem sempre alguém me dizendo que, com o tempo, a dor passa. Acabei acreditando. Mas é a maior mentira do mundo: o tempo só me faz ver que estraguei um romance lindo por medo. E eu, que nasci sentindo medo de tudo, principalmente, de quem se aproximasse demais de mim, acabei me tornando medrosa e chorona. Você nunca me fez chorar quando estávamos juntos. E isso é o mais irônico, porque eu preciso demais de você toda vez que eu choro. Você já foi tudo pra mim algumas vezes. De outras vezes, eu não me lembro de mim, acho que eu era você o tempo todo. Hoje eu não sou e nem estou com você, mas também não estou comigo. Eu quase não sou eu, porque não consigo ser inteira. Já não conseguia ao seu lado, mas sem você é bem mais esquisito. Não ser eu mesma quer dizer que não sou inteira. Tenho medo de ser inteira em alguma coisa. Não consigo ser inteiramente triste também. Por isso eu acho que toda essa história já vai acabar. De repente já até acabou. Se eu tiver coragem, vou chegar mais perto de mim mesma só pra ver o que ainda ainda resta muito de você. Se eu tiver sorte, não vou encontrar quase nada.

domingo, 29 de agosto de 2010

DOS NOSSOS MALES (Quintana outra vez)

A nós bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

BOM DEMAIS PRA SER VERDADE



Dia 04/09 vai rolar um programa imperdível: o BAZAR BOM DEMAIS PRA SER VERDADE.

Depois de dois dias de triagens das roupas, as organizadoras Ana, do Hoje Vou Assim Off , a Patrícia Kolinski, blogueira e apresentadora do programa Tamanho Único do canal GNT e a Julia Moralez, do Nosso Armário (só fera, hein?) reuniram peças incríveis! Só pra dar um gostinho, vai ter roupinhas de marcas como Alexandre Herchcovitch, Victor Dzenk, Forum, Farm, Leeloo, Espaço Fashion, Homem de Barro, saias e blusas lindas da Maria Garcia, Huis Clois, Isabela Capeto, Maria Bonita Extra, Cantão, Shop 126, Ellus; além de bolsas e sapatos lindos...e tudo com preços inacreditáveis!! E tem pra todos os tamanhos: P, M e G, pra ninguém ficar de fora!

Então é isso: anota na agenda e avisa para as amigas : dia 04 de setembro, na Casa da Matriz, de 14:oo às 20h.

Parte da renda do bazar será destinada a Associação Viva Cazuza, que cuida de portadores de HIV. Uma ótima desculpa pra comprar, comprar e comprar, não é?

E se quiser levar marido, filho, namorado, aproveite que no segundo andar tem duas máquinas antigas de flipper para distrair a ala masculina além do bar. Pronto! Programão pra família toda.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DESEJOS

Quero a alegria dos meninos que jogam bola.
Quero a leveza dos que não se importam,
a certeza dos que dizem sim,
a segurança de quem tem um colo.
A coragem dos suicidas.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

SOBRE MULHERES E O QUE ELAS ACHAM QUE SABEM

Há alguns dias estava com um grupo de amigas e amigas de amigas. Falamos sobre o que um grupo de mulheres fala: não sei quem pôs silicone; fulana se separou; aquela outra viajou; uma ta de dieta; a outra não beija na boca há dois meses. Quando começamos a falar sobre relacionamentos, o assunto rendeu.

É claro que eu falei (eu falo pra caramba!) mas também prestei atenção e depois fiquei pensando sobre tudo o que foi falado ali. Dá pra resumir assim: homens e mulheres, que já deixaram de falar a mesma língua há um tempão, agora também estão morando em planetas diferentes. É sério: havia umas 8 mulheres ali e ninguém tava se entendendo com o parceiro. E isso me chamou muita atenção, porque eu tinha umas teorias e vi muitas delas se desfarelando.

Uma das minhas teorias é de que mulher bonita (muito bonita, sabe?) tem sempre um namorado (marido, ficante) muito apaixonado. Pois naquele grupinho estava uma das mulheres mais gatas que conheço (e conheço há muito tempo, portanto sei que além de linda, é gente boa, inteligente) e eu sempre achei que os caras eram doidos por ela. Aí ela fala uma meia dúzia de grosserias que um ex fez com ela nos 2 anos de namoro e eu pensei "esse homem é louco! Tinha de rastejar aos pés dela.". Teoria 1 foi pras cucuias mesmo quando ela disse que não tem dado sorte com os caras e que eles somem depois do 3º ou 4º encontro. Ou depois de transar, o que vier primeiro.

Teoria 2: mulher da minha geração não cai mais naquelas coisas antigas, do tipo "tenho de me fazer de difícil ou ele vai me achar uma galinha" ou "tenho certeza de que ele vai se separar da mulher e ficar comigo". Pois eu ouvi essas e outras pérolas em pouco mais de 2 horas de conversa com mulheres mais ou menos da minha idade, com roupas da moda e todas com nível superior completíssimo, algumas até com MBA. Fiquei com vontade de ligar para todos os jornais e fazer um anúncio: É TUDO MENTIRA ESSE PAPO DE EMANCIPAÇÃO FEMININA. AS MULHERES DE HOJE PENSAM IGUALZINHO PENSAVAM AS DE 30, 40, 50 ANOS ATRÁS! E quanto mais eu penso em tudo o que falamos naquele dia, mais eu tenho certeza de que não existe essa porra de "mulher independente" de que tanto falam. Não existe sequer o papo de "direitos iguais". E isso porque elas próprias não aprenderam nada sobre a vida e continuam ouvindo os ecos do que diziam nossas avós.

Saí do restaurante meio chateada, mas aí lembrei da amiga linda e sem sorte. Senti um misto de perplexidade e identificação: isso também acontece comigo. E finalmente pensei "bom, então a culpa não é minha, né?". Constatação redentora essa, viu?

Já estava achando que estava me sentindo mais leve depois de perceber que eles somem sempre, não importa se é comigo ou com a mulher mais gata do pedaço... Parei em frente a uma banca de revistas e levei um susto: para qualquer capa que eu olhasse, o assunto era sexo e relacionamento. E os títulos das matérias eram mais ou menos assim "Dicas para ele ligar no dia seguinte"; "Sexo quentíssimo sempre"; "O segredo de uma superpaqueradora para fisgar o gato". Fui pra casa achando que o mundo ta muito complicado.

Não resisti e fui para o site de uma das revistas. Aí é que o bicho pegou mesmo! Era tanto "truque", tantas dicas, tanto manual... Esquece tudo: eu tenho sorte no amor, sim. Afinal, nunca precisei fazer nada daquilo pra ter um namorado legal ao meu lado. Ainda bem, pois não sei o que seria de mim se tivesse de passar azeite trufado como perfume para chamar atenção de um cara que gosta de cozinhar. Verdade! Tá lá na matérias sobre "superpaqueradoras".

Se mais cedo eu já estava indignada com as mulheres por ainda acreditarem nos discursos de nossas avós, dessa vez fiquei foi muito puta da vida: havia uma enquete (com as respostas) "O que eu fiz para surpreender meu homem". Po! cair no papo de que o cara vai se separar da mulher com quem ta casado há anos é burrice, mas o amor faz a gente mesmo. Mas vem cá, precisa ficar ridícula? Dá uma olhada nos testemunhos das leitoras: "Algemei meu amor na cama durante a noite. Quando acordou, passou o dia fazendo todas as minhas vontades em troca da liberdade" ; "Preparei um autêntico Ceviche, um prato peruano, e me vesti de deusa inca, com cocar e mantos coloridos. Por baixo da fantasia nadinha"; "Copiei uma cena do filme Cidade de Deus: banana quente nela. ui!".

Fico pensando se essas coisas são verdade ou se é invenção de quem ta lá na redação sendo pressionado pelo chefe e tendo de fechar a matéria dentro do prazo. E será que quem escreve isso dá risada? Ou será que acredita? E quem lê? Será que tenta imitar ou acha tudo uma palhaçada sem fim? Gente, será que alguém tenta imitar? Será que existe gente que acha que é de uma corda de academia que precisa pra ser "boa de cama"?

Bom, felizmente nunca fui (ou desejei ser) uma "superpaqueradora", nunca tentei fazer nada parecido com as dicas dessas revistas e também acho que o Kama Sutra é útil lá para os indianos (mas eu não preciso). Agora só resta torcer para não começarem a escrever essas baboseiras para os homens. E se escreverem, que nunca nenhum tente fazer nada parecido comigo. Excitante é ser espontâneo. Simples assim.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

SOBRE 4as-FEIRAS E PIJAMAS DE FLANELA

Tenho aproximadamente 332 defeitos. Teimosia, inquietações, ceticismo... O maior deles, porém, é a dificuldade de dizer o que eu sinto. Consigo sentir mas não consigo falar. Na maioria das vezes, opto por escrever.
Então, aqui estou eu mais uma vez a escrever o que deveria falar e aí está você, a ler o que deveria ouvir. E se você não ler, acho ainda melhor: expor-me muito me assusta.
Eu queria dizer que foi bom você aparecer meio assim, do nada. E que gostei do jeito que você me olhava enquanto conversávamos. Mas eu não sei falar isso. Eu tento fazer você perceber isso quebrando as formalidades. "Tá na geladeira, pega lá". Você vai lá e pega e eu me sinto feliz porque te deixei à vontade.
Ficamos os dois à vontade: nem eu arrumei a cama de hóspedes e nem você usou pijama. Pra mim isso é um avanço e tanto, pode acreditar. Tá vendo esse cabelo vermelho, corte moderno, jeito descolado? Tudo isso é só do lado de fora. Sou careta e tenho vergonha de tirar a roupa na frente dos outros. Geralmente leva tempo.
Não tenho grandes segredos pra te contar, meus sentimentos costumam crescer aos poucos, percebendo a reciprocidade. Portanto, não há perigo no que ando sentindo. Uma saudadezinha aqui, uma vontade de te ver numa 4a-feira. E dar risada disso, sem ninguém entender porquê.
Eu não quero me casar com você, muito menos ser sua amiga colorida. Eu não quero dar nome a porra nenhuma entre nós dois.
Não quero fazer gênero, bancar a femme fatale, nada dessas palhaçadas. Eu finjo mal pra caramba e você iria pensar " Gozou porra nenhuma. Tá é querendo me agradar". Mas eu não quero te agradar, quero é ser agradável pra você, de um jeito leve, natural. Ando farta das coisas forçadas, da falta de naturalidade. Não gosto de silicones nas minhas relações. Sejam quais forem.
Eu não te conheço e você não me conhece. Sou uma menina gostosinha e gente boa, com quem você foi gentil, mas até aí nada demais: você é gentil com o flanelinha e, se bobear, com a moça do telemarketing.
Eu queria ter falado mais de mim e ouvido mais de você, mas vinho dá um sono depois, né? Ou será que o "depois" é sonolento sempre: com ou sem vinho?
Por isso eu só te abracei apertado. E quando acordei no meio da noite, fiquei te olhando, tão lindo, dormindo pesado. Tão lindo. E te abracei de leve pra não te acordar. Eu não quero te assustar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

SÓ PRA ESQUECER


Por que você, por uns minutos, não se esquece dos meus discursos, do muro alto que construí ao meu redor, da minha mania de ser forte sempre?
Esquece tudo isso e me pega no colo. Não precisa falar nada, só me faz esquecer o mundo lá fora.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SINTO SUA FALTA

Nada como um bom papo-cabeça com um lesado pra fundir ainda mais uma cabeça lesada.






domingo, 8 de agosto de 2010

amigos


Não fui à Flip deste ano. Senti falta da injeção de magia que esta Feira Literária me dá anualmente. Estou estudando para um concurso público e, caso seja aprovada, terei estabilidade financeira e viverei a burocracia do serviço público diariamente. Tenho medo de perder-me de mim mesma e ser engolida pelo trabalho mecânico. Mas isso é outro assunto.

Hoje vim aqui para registrar que me recuso a morrer de tédio dentre as apostilas de Direito Constitucional ou Legislação e esqueci, por uma tarde inteira, do mundo e suas exigências: reli meus poetas e escritores amados.

Diante de um texto (do Affonso Romano de Santana, comigo na foto), senti uma vontade imensa de dar um abraço na minha amiga de infância, Glícia, uma vocacionada à amizade.


DELICADAS, AS AMIZADES
- Affonso Romano de Santanna

"Pode-se dizer tudo o que se pensa a um amigo?"
"Quanto de verdade suporta um amigo?"
"Aliás, o que é a verdade?", já indagava Pilatos antes de crucificar o outro.
"Como combinar, articular, fazer coabitar a verdade nossa com a verdade do amigo?"
São muito delicados os amigos. Ou se quiserem, as amizades. São delicadíssimas. E é por isso que convém aceitar que cada amizade tem suas fragilidades.
Bom, se o anel que tu me deste era vidro e se quebrou, então, melhor seria que de diamante fosse. Este, inquebrantável.
Mas amizade, convenhamos, é coisa humanamente frágil. E a gente pensa que ela está aí para sempre. Mas não tem a durabilidade centenária das sequoias, que ficam se alongando e nos ofertando sombra acima de tudo. Às vezes, as amizades são essas orquídeas, carentes de um tronco alheio onde se alimentar e florescer.
A gente pensa que amizade é coisa só de seres humanos. Não é. Os animais curtem amizades; alguns, o amor, e outros chegam à paixão extrema por seus donos. E, no entanto, amigos, alguns cães se mordem, quase se arrancam as orelhas num ou noutro embate, às vezes por uma cadela no cio, às vezes por nada.
Pode-se perder uma amizade por excesso de zelo, como se ao esfregar demais o tecido o rompêssemos. Cuidado, portanto, com o excesso, às vezes excessivo. Claro, também se perde amigo pela escassez de socorro ou de sinalizações afetivas. Também pela fala mal desferida. Ou mal ouvida. A gente fala ou escreve uma coisa, o outro ouve outra coisa. Se não der para desentortar a frase ou o ouvido alheio, a amizade fica torta.
Diz o apóstolo Paulo que o amor tudo suporta, tudo espera, tudo perdoa.
- Será assim a amizade?
Até hoje não ficou muito clara a diferença entre amor e amizade. Mesmo porque muito amor termina se metamorfoseando em amizade; uma amizade pode virar amor, e podemos inimizar a quem amamos e nos esforçamos por ser amigo de quem nos despreza. De resto, para matizar ainda mais as coisas, os franceses costumam falar de "amizade amorosa", algo parecido com que aqui há tempos se chamou de "amizade colorida".
Mas o que fazer quando algo nos incomoda no outro e a gente sente que, se não falar, a amizade vai começar a ratear?
Não há amizade assim solta no ar. Cada amizade tem sua usança e sua pertinência.
Deveríamos então criar um manual, algo assim como "Amizade, modo de usar?". Ah, sim! mas isso já existe, está, lá naquele best-seller Como fazer amigos e influenciar pessoas. Está?
Drummond tinha razão, uma triste razão, é verdade, ao dizer que as pessoas deveriam manter entre si a mesma relação que entre si mantêm a ilha e o continente, um certo distanciamento e uma não muito estouvada confraternização.
Mas aí a amizade vira algo pouco tropical, e como Thomas Merton dizia que nenhum homem é uma ilha, o que fazer com os que não têm a fleuma mineiro-britânica e não suportam viver num frio ou morno relacionamento?
Há pilotos que pousam pesados Jumbos com uma suavidade angelical, e por isso merecem aplausos.
Há médicos que fazem incisões profundas para manter o outro vivo.
Como dizer o que se deve dizer sem sangue ou náusea?
Um dia um ex-amigo me disse: "No princípio tentei te imitar, depois resolvi te destruir."
Tive de me proteger.
Quem, como José Martí, dirá que "cultivo a rosa branca em junho e em janeiro para o amigo sincero que me dá sua mão franca, e para o cruel que me arranca o coração com que vivo, nem cardo ou urtiga cultivo, cultivo a rosa branca"!?
Delicadas, as amizades. Uns porque se aproximando do poder esquecem os que no poder não estão. Neste caso não se pode nada. Outros porque viajam de formas várias e absolutamente impenetráveis ao redor do próprio umbigo. Retornarão algum dia?
Neste caso, como dizia Neruda, os de então já não seremos os mesmos.
Há vocacionados para amizade. Têm um dom natural. Árvores copadas onde se reúne o rebanho. Quando você vê, está todo mundo ali ouvindo, curtindo ou simplesmente estando.
Qual o grau de resistência de uma amizade? De um metal podemos dizer: derrete-se a tal ou qual temperatura.
São delicadas, as amizades. E mesmo as mais sólidas às vezes se desmancham no ar.

O homem da minha vida. Ou O MELHOR PAI DO MUNDO É MEU

Hoje é Dia dos Pais registro aqui minha homenagem a todos aqueles que sabem ser pais de verdade. Costumo dizer que meço o caráter de um homem pelo amor e dedicação aos seus filhos. E, sempre que posso, aconselho: seja um pai presente e você vai ver o quanto isso compensa.
Acho mesmo que uma pessoa que tem um bom pai tem mais chances de ser feliz.

Eu tenho o pai que toda pessoa merecia ter. Seria bom se você pudesse ser, por um dia ao menos, filho/ filha dele. Pai-amigo, pai-pai, pai-filho, Pai. Com todos os significados que cabem dentro desta palavra.

Poderia ficar horas falando sobre como ele é bom, carinhoso, mas pensar nele me emociona e olha o resultado: já estou com os olhos cheios d´agua. Então, o melhor a fazer é transcrever a letra de uma das músicas que está no CD que dei de presente pra ele certa vez. A canção diz quase tudo.

"Não é porque ele é meu pai
Que eu escrevi esta canção
Fiz bem mais pela beleza
de um senhor com uma grandeza
além da imaginação.

Não é porque ele é meu pai
Que eu o exalto tanto assim.
É que pela minha idade
esse anjo de bondade
Ainda cuida bem de mim:
Me aconselha a todo instante,
Me dá carinho, dá amor

Ele é um raro diamante
de indiscutível valor
É meu amigo do peito e
Eu tenho orgulho de falar:
Esse homem tão direito
Diplomado em respeito
É um exemplo em nosso lar.

Não é porque ele é meu pai
Que eu escrevi esses versos
É que ele se sobressai
Entre os pais do Universo.

Queria ser mais que um poeta
Nessa rima que se encerra
E essa canção ser um troféu,
Pois pra mim é Deus no céu
E o meu pai aqui na Terra."

Cléber de Oliveira Mello, meu pai. Meu amor. Meu amigo. Meu tudo na vida.
Serei sempre sua filhinha, menina carente e indefesa que, mesmo sendo já uma mulher, uma batalhadora, ainda precisa do seu abraço e seu colo.