"Decido eu mesma engendrar lendas e episódios que me são atribuídos. Sempre tendo como desculpa a condição de escritora, a quem é dado o privilégio de inventar sem sofrer sanções morais". - Nélida Pinon
sexta-feira, 31 de julho de 2009
MOMENTO PROFANO
Por isso, não posso deixar de transcrever uma notícia do blog Educação à Brasileira:
"Uma revista distribuída a professores da rede pública pela Secretaria de Educação da Bahia contém uma tira em que o personagem Chico Bento, num diálogo adulterado, usa linguagem chula.
Primeiro, um menino fala:
-Meu pai tem oitocentas cabeças de gado. Chico Bento responde:
- Fala para ele enfiar tudo no c. "
A tirinha original é esta aqui. Agora me diz: a adulterada é ou não mil vezes mais engraçada?
Quem quiser ler a matéria toda, clica aqui.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
4º ENCONTRO DE REDAÇÃO PUBLICITÁRIA DE PARATY
Durante o evento acontece coquetel, lançamento de livro, exposição de anúncios consagrados, concurso para universitários, palestras e debates, além da entrega do Troféu Jeca Tatu a profissional de inegável contribuição de talento ao setor publicitário brasileiro.
Programação:
Dia 31 de Julho
Recepção de boas vindas, realização do Concurso Universitário, coquetel, noite de autógrafos e exposição de anúncios.
Dia 1 de Agosto
Palestras a partir das 10h.
Apresentações Especiais às 14h.
Palestras retornam às 15h.
Entrega do Troféu Jeca Tatu, a Washington Olivetto, às 18h.
Palestrante e debatedores confirmados:
- Álvaro Novaes (CEO Arsenal Digital Labs)
- Flavio Medeiros (Presidente do Clube de Criação do Rio de Janeiro)
- Pedro Porto (Diretor da Santa Clara Nitro)
- Hiran Castello Branco (Presidente do Conselho Nacional de Propaganda)
- Jomar Pereira da Silva Roscoe (Presidente da Associação Latino Americana de Agências de Publicidade)
- Washington Olivetto (W/Brasil)
No site da ALAP tem todas as informações
quarta-feira, 29 de julho de 2009
UMA CANÇÃO É PRA ISSO
terça-feira, 28 de julho de 2009
ALL YOU NEED IS LOVE
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A PRÓXIMA GRANDE SENSAÇÃO
quarta-feira, 22 de julho de 2009
SOBRE ROSAS E LEMBRANÇAS
sexta-feira, 17 de julho de 2009
SOBRE ROTINAS E O QUE NÃO COMBINA COM A GENTE.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
HOJE
Hoje minha Vovó Cininha morreu e deixou um vazio enorme em quem a conhecia.
É estranho acordar e não ter mais avó. É muito estranho.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
PARA SEMPRE
é bem maior do que a distância
que te tirou de mim
Assim, de hora pra outra,
sem nem avisar.
É dor que doi diferente
já que é sem remédio
e que pra sempre vai doer.
Hoje não tenho tua mão,
teu riso, teu conselho.
Tenho só a lembrança
de tua amizade, tua lealdade.
Faz anos da tua partida
Mas hoje era dia de comemorar
com bolo, presente e festa surpresa.
Hoje, 13 e Julho é aniversário da minha prima Lili, que foi embora cedo demais.
sábado, 11 de julho de 2009
Sobre a poeta Marina Gouvêa
recebi vários comentários que comparam-me à minha Tia e Dinda Marina. Por menos modesta que eu seja, asseguro a todos: não tenho um décimo do talento ou sensibilidade desta minha amada Poeta.
"O ninho" é apenas um dos muitos contos (sim, além de entender-se bem com a poesia, ela também escreve prosa) com a "marca registrada": descrição minuciosa que nos faz sentir a emoção do que está a falar.
Minha Dinda é daquelas pessoas raras, que não se deixou endurecer com as pancadas da vida. Ao contrário, vê o mundo com um olhar tão poético, tão sensível que me faz emocionar. Quem tem oportunidade de conviver com ela sabe bem disso.
Sou apenas uma menina cujas tardes ideiais eram as que passei a brincar com meus primos ou a mexer e remexer nos livros das imensas estantes da Dinda Marina. Parada em frente a tantos livros, eu os folheava, cheirava, lia trechos que pouco ou nenhum sentido faziam a uma menina de pouco mais de 7 anos. Ali, eu tenho certeza, comecei a me apaixonar pela palavra escrita.
É apenas isso o que sou: uma menina apaixonada literatura e fã incondicional desta minha Dinda. Não temos semelhanças físicas alguma, tampouco parecenças intelectuais. Mas tenho o direito de sonhar um dia olhar o mundo com tanta sensilidade. E também vê-la deixar a timidez de lado e publicar seus poemas.
Então é isso: não se enganem, não sou talentosa. Apenas gosto de escrever. E saber que tenho alguns leitores queridos.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Recadinho pra Ju
manda seu e-mail pra gente se falar mais.
Você é uma fofa, viu? Acho que um dos comentários no texto que mandei para o Mão na Roda foi seu, né?
Beijoca,
Aline
PS: Que fofa você sonhar que se estava apresentando a mim.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
UM CONTO PREMIADO NA OFF FLIP / MARINA GOUVÊA
Quando eu era menina, dividia o tempo como minha mãe fazia com a maçã vermelha e brilhante que meu pai trazia do centro da cidade: em duas partes. Ela fazia questão de dividir tudo que nos oferecia: doces, frutas, brinquedos. Agia assim para nos ensinar a compartilhar. "Compartilhar ajuda a fazer amigos", ela dizia.
Nada de dias e noites, meses e semanas ou estações do ano. O meu tempo era dividido em: tempo de aulas e tempo de férias. E era acompanhado de uma carga de emoção tão forte que conseguiu sobreviver ao próprio tempo e influenciar a minha vida inteira.
Meu pai e o irmão mais novo, tio Francisco, saíram de Macaé, norte fluminense, para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Compraram um sítio próximo da cidade e, aos poucos, trouxeram irmãs, tios, primos e sobrinhos com suas famílias para morar nele. Foi assim que, em pouco tempo, formou-se ali uma comunidade familiar que fez com que a minha infância fosse mais feliz. Morei no sítio por pouco tempo, mas nos anos que se seguiram, era lá que todos os primos se reuniam para passar as férias. Era como voar para um mundo de faz-de-conta.
Lá tudo parecia mágico. A casa antiga de tijolos vermelhos aparentes, como eram as casas das histórias que eu lia nos livros de Contos de Fadas, era cercada de árvores frutíferas e flores, muitas flores, que coloriam o quintal e atraíam pássaros e borboletas de todos os tamanhos, espécies e cores.
Na frente da casa passava um riacho que, às vezes, era pouco mais que um fio d´agua. Sobre ele havia uma pequena ponte de madeira, onde ficávamos por longas horas sentados com as pernas penduradas, balançando como pêndulos de relógio, conversando com os peixinhos que vinha ali procurar alimento. Eram minúsculos, todos iguais. Chegavam em alegres cardumes, curiosos como crianças em piquenique. Mesmo no seu silêncio de peixes, pareciam sorrir.
A casa era construída ao pé da serra. Atrás dela havia uma floresta encantada. Na minha convicção de criança sonhadora, firmara-se a certeza de que ali viviam duendes, fadas, bruxas e dragões alados. Naquela floresta, desconhecida e cheia de mistérios, as minhas ilusões viravam verdades.
Quando a noite caía devagar e o vento empurrava pelo ar o sussurro das folhas tocadas por ele, eu até ouvia as vozes dos Sete Anões que cantavam enquanto caminhavam com passos ritmados ao encontro da Branca de Neve "Eu vou, eu/ pra casa agora eu vou".
Numa noite escura, muito escura, quando todos dormiam tranquilamente, olhei pela vidraça e via a flecha de Robinson Cruoe passar, luminosa, por entre as árvores soturnas que balançavam ao vento frio da madrugada. Fiquei quieta e feliz porque sabendo que ele estava por perto eu não precisava sentir medo do escuro. Aquele era o mundo da minha infância. O sítio era grande o bastante para que ali fosse criados patos, perus, porcos e galinhas. Naquele tempo toda mãe criava galinhas. A minha, para não fugir à regra, mandou construir um galinheiro no quintal. Não era muito grande, mas era coberto, organizado e limpo – até onde os habitantes o permitiam.
Dentro dele havia uma armação de varas de madeira, presas uma acima da outra nos mastros laterais inclinado para trás, formando uma grande escada que minha mãe chamava de "puleiro". Eu sempre achei que era chamado assim porque as aves tinha de "pular" para subir nele. Só muito tempo depois concluí que a palavra veio de "poule", galinha em francês.
Ao anoitecer, as galinhas e os desajeitados frangos – que eram os adolescentes da espécie – acompanhados pelo galo deixavam o terreiro, onde passavam o dia a ciscar e se recolhiam ao "puleiro" para pernoitar em segurança fora do alcance de possíveis predadores.
Eu achava bonito aquele momento em que todos subiam no "puleiro" e ficavam encostados uns aos outros. Era como se fossem os componentes de um coral, se posicionando para uma audição. Às vezes, eu ficava da janela observando o movimento frenético das aves que cacarejavam sem parar até encontrar uma posição confortável. Os menores sempre levavam desvantagem, pois eram empurrados pelos mais fortes sem cuidado ou respeito. Mas, depois de algumas quedas ao som de um cacarejo inconformado com a prepotência dos maiores, faziam nova tentativas até que conseguissem um bom lugar.
Então a noite caía sobre o sítio e com ela o silêncio envolvia o galinheiro como se fosse um lençol escuro e protetor. A paz tomava conta de tudo até que surgisse no horizonte o primeiro raio de sol. Nesse instante, o galo cantava acordando o dia e tudo começava a se mexer de novo. As aves se preparavam para mais um dia de ciscar.
No galinheiro havia ninhos feitos com palha seca que as galinhas "poedeiras", como minha mãe chamava as que estavam em fase de reprodução, usavam para pôr os ovos. Esses ovos seriam recolhidos pela manhã e mais tarde transformados em bolos, omeletes, tortas ou simplesmente mexidos ou estrelados para nossa alegria.
Entre as galinhas do sítio havia uma, chamada Brigite, que não se conformava em utilizar o ninho já preparado no galinheiro. Ela era orgulhosa e aventureira. Fazia questão de confeccionar seu próprio ninho longe das interferências dos humanos. Seu senso de sobrevivência conhecia as intenções de quem construía para ela o ninho: saciar a própria fome, sacrificando os ovos que deveriam originar a sua família, ou melhor, a sua ninhada. Não aceitava tamanha falta de sensibilidade. Então resolveu tomar uma atitude drástica para evitar que isso acontecesse.
Quando era tempo de botar ovos, ela desaparecia por um longo período da tarde. Ninguém sabia por onde andava. Horas depois, reaparecia desconfiada como quem acabou de fazer algo errado.
Brigite era uma galinha vermelha, de patas fortes, que avançavam decididas. Desfilava pelo terreiro elegante como uma "top model" na passarela. Minha mãe dizia que era uma galinha "legorne". Eu não sabia o que isso significava, mas pelo som da palavra e pelo porte altivo de Brigite tinha certeza de que ela devia ser uma galinha de classe.
Certa vez ela se embrenhou pelo mato e passou vários dias longe da impertinência da nossa curiosidade. Ao voltar, trazia um olhar arisco de quem guardava um segredo e temia por sua descoberta. Chegou desconfiada, pisando nas pontas das patas, como se quisesse passar despercebida. Caminhava de um lado para o outro observando a reação das outras aves. Logo depois foi juntar-se a elas e começou a ciscar, cacarejando o segredo, como se nada tivesse acontecido.
No dia seguinte, e nos outros também, repetiu-se a cena. E foi assim por muitos outros dias até que, aproveitando a distração dos habitantes do sítio, ela se esgueirou pelos fundos do quintal e desapareceu.
Passaram-se semanas, sem que dela tivéssemos notícias. Nós estávamos de férias e, eu e meus primos, não tínhamos outra obrigação a não ser brincar. Era um tempo só de alegria.
Preocupada com o que poderia ter sucedido a Brigite, minha mãe resolveu convocar o nosso barulhento serviço de investigação. Daquele momento em diante era nossa a incumbência de encontrar a galinha antes que uma cobra ou outro animal faminto o fizesse.
Reunimo-nos na varanda da casa para traçar estratégias. Localizar o ninho era uma missão que levávamos a sério. Depois do almoço, como um pelotão de soldados cônscios da responsabilidade que lhes era confiada, partimos à procura da ave desaparecida. Vasculhamos toda a redondeza. Reviramos cada folha de capim que encontramos pelo caminho e ... nada. Voltamos no dia seguinte, no outro, e, assim, por incontáveis vezes fizemos o mesmo trajeto, sem sucesso.
A esperança já quase se desvanecia, quando resolvemos nos espalhar por entre arbustos, plantas rasteiras, samambaias e trepadeiras floridas numa feroz caçada. Cada um seguiu por um lado. Eu caminhei em direção de um Ipê-amarelo, minha árvore preferida, que ficava no meio do campo, desgarrada das outras árvores. Embaixo dele havia uma grande moita de Capim-limão verde e fresquinha, cujas folhas balançavam ao sopro da brisa da tarde. Olhei na sua direção e uma luz que emanava do frescor das folhas parecia me dizer que algo precioso se escondia ali. Abri as folhas com as mãos e lá estava Brigite imóvel sobre o ninho. Por um momento imitei sua imobilidade. Assustada, ela se levantou quando me viu. Naquele instante pude ver os ovos rosados e quentes, aconchegados uns aos outros como se quisessem se proteger mutuamente. Sobre ele algumas leves penugens tremulavam tocadas pela aragem. Pensei em gritar para que os outros soubessem que eu encontrara o ninho. De repente, como se desse conta do risco que corria se fosse descoberta, ela voltou ao seu lugar e me fitou firmemente com os olhinhos redondos e brilhantes, pequenos botões de vidro. Era o olhar de quem suplicava ajuda.
Numa atitude solidária resolvi me calar. Selei com ela um pacto de silêncio. Tornei-me sua cúmplice. Escondi o ninho com galhos secos de um jeito que não era possível ser visto por mais ninguém.
A busca prosseguiu,porém sem que eu participasse dela. Quando meus primos se cansaram, voltaram para casa desanimados. Nos dias que se seguiram não os acompanhei mais, alegando cansaço. Usei todos os argumentos de que dispunha para convencê-los a fazer o mesmo.
Os dias correram céleres, mais ainda pelo prazer do estar em férias. Eram tantas as brincadeiras que as crianças logo se esqueceram de perseguir Brigite e deram a missão por fracassada. Conivente com o segredo, eu me mantia silenciosa como as pedras do quintal.
Numa tarde preguiçosa de domingo em que o Sol claro e morno parecia querer se despedir de nós pra descansar atrás da serra, estávamos sentados na varanda jogando e planejando as travessuras do dia seguinte, quando percebemos um movimento súbito entre as folhas de um canteiro de margaridas que se estendia como um tapete branco na frente da casa.
Logo depois, surgiu Brigite, quase redonda pelo expandir das penas que exibiam o orgulho da maternidade. Atrás dela, num pipinar intenso, empurrando-se uns aos outros como se tivessem pressa em se apresentarem, vinham os pintinhos. Eram muitos, amarelinhos como os miolos das margaridas.
Quando vimos a ninhada, imediatamente paramos o jogo e, como num movimento ensaiado, pulamos todos ao mesmo tempo por sobre os degraus da varanda e corremos em sua direção.
Com os olhos arregalados e o coração em descompasso pela surpresa da visão, as crianças se perguntavam como a galinha conseguira manter escondido o ninho.
Por um instante Brigite deixou a barulhenta ninhada e veio bicar os meus pés. Cacarejou coisas que só eu entendi. Ninguém percebeu a nossa cumplicidade. Aquele era um segredo só nosso.
E foi meu primeiro segredo compartilhado.
(O Ninho. In "Coletânea Prêmio OFF FLIP de Literatura 2009. 1º lugar categoria Contos)
Marina Gouvêa do Nascimento chegou em Party em 1965 para lecionar no Grupo Escolar Samuel Costa, atual CEMBRA. Deveria permanecer por apenas dois anos, mas apaixonou-se pela cidade, por sua cultura, por sua gente e aqui fixou residência até hoje. Formada em Letras, encontra grande prazer na leitura e na escrita e teve seus poemas publicados em revistas literárias do Rio de Janeiro e nos jornais de Paraty. Prepara um livro de poesias, que deverá ser lançado em breve. Esta é a biografia que consta no livro de coletâneas. Para mim, a autora é a minha amada Dinda Marina. Minha poeta predileta a quem desde pequena olho e penso "Quando eu crescer, quero ser igual a ela".
UM LIVRO MUI GIRA
terça-feira, 7 de julho de 2009
IRENE NO CÉU - MANUEL BANDEIRA
segunda-feira, 6 de julho de 2009
QUALQUER MANEIRA DE APRECIAR ARTE VALE A PENA
LOBO ANTUNES NA FLIP
domingo, 5 de julho de 2009
FLIP
quinta-feira, 2 de julho de 2009
SHOW DE ABERTURA DA FLIP
Adriana Calcanhoto marcou a abertura da FLIP com um show que colocou todo mundo pra dançar.
Além de cantar músicas próprias (como "Maresia", "Vambora" e "Mulher sem razão") e "Eu sei que vou te amar"' , de Vinicius de Moraes, ela também declamou dois poemas do mestre Manuel Bandeira ("Poética" e "Porquinho-da-índia"). E eu não pude ir...
Porquinho-da-Índia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto nã é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar
com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de
agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
O POEMA QUE NÃO ESCREVI.
O LIVREIRO. 1o EM PARATY, DEPOIS, POR AÍ
Para marcar o lançamento, O Livreiro preparou um grande mosaico, de 10 metros por seis, formado por dois mil livros, que vai estampar durante a festa o rosto de Manuel Bandeira, o homenageado da Flip 2009, na Igreja de Santa Rita, famoso cartão-postal da cidade. Os livros serão depois doados para a própria Flip, que realiza ações sociais na região.
A jornalista Joyce Jane C. Meyer, responsável pelo projeto, explica que O Livreiro está em fase experimental. Até o fim do ano, a ideia é “povoar” o novo site e aprimorá-lo, a partir do retorno dos internautas. — Mas vamos estrear já robustos. Teremos, por exemplo, um Clube do Livro comandado pelo escritor Milton Hatoum, também um dos muitos amigos do Livreiro, que vão dar dicas de leitura para os internautas. Diariamente, vamos destacar uma dessas indicações. O site não é um produtor de notícias, mas um agregador, com referências e links sobre o que sai na mídia sobre livros — conta Joyce.
Nele, será possível criar — gratuitamente — páginas pessoais, onde o internauta dará destaque aos títulos de suas preferência, e comunidades para debates. É um novo espaço de relacionamento para quem gosta de livros. — Não é um site de literatura, mas de livros. O Brasil precisa de novos leitores, e a ideia é estimular a leitura, promover a inclusão literária — afirma Joyce.
Entre os amigos de O Livreiro, além de escritores como Hatoum, Cristovão Tezza, Luis Fernando Verissimo e José Castello, haverá personalidades como o publicitário Marcello Serpa, o economista Delfim Netto, o humorista Claudio Manoel.
A base de dados é a mesma da Livraria Cultura, com 2,2 milhões de títulos. Outro parceiro é o Instituto Moreira Salles, que vai permitir o uso no site de seu acervo digitalizado. Haverá páginas de autores clássicos, listas de mais vendidos, índice de obras mais adicionadas pelos internautas. E serão feitas ações não virtuais, em diferentes cidades, para onde O Livreiro levará tendas itinerantes de doação de livros.
Nesta Flip, O Livreiro terá ainda um estande, na Tenda dos Autores, aberto a qualquer pessoa, onde um especialista produzirá retratos falados de personagens literários, tal como imaginados pelo leitor.