quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Resoluções de ano novo

Eu adoraria estar na sintonia da multidão que tomou conta de Copacabana. Olho para as pessoas e quase vejo a listinha de desejos para o próximo ano. Estão todos eufóricos, cheios de esperança, de planos. Todos têm certeza de que vão ser muito felizes "ano que vem". Aí é que está minha implicância: ano que vem é amanhã, caramba. Por que não dá pra ser feliz hoje?
Eu gosto de tudo pra hoje, pra agora, pra já. Não vou esperar ano que vem pra porra nenhuma.

Se pudesse escolher alguma coisa para acontecer na minha vida, eu escolheria ser alegre. Adoraria ser muito, muito alegre e compartilhar com os zilhões de pessoas que se vestirão de branco hoje à noite as esperanças e certezas. Mas não levo muito jeito pra essa euforia toda. Não to dizendo que seja infeliz. Nada a ver. Sou feliz pra caramba, só não sou alegre. Não gosto de alegrias baratas, alegrias planejadas, sorriso ensaiado. Detesto.

Bem, posso não ter feito listinha de todos os meus sonhos para 2009 e certamente não vou abraçar a torcida do Flamengo hoje à meia-noite. Mas isso não quer dizer que não deseje para você e para mim todas as coisas boas que merecemos. Em qualquer ano que a gente esteja.

domingo, 28 de dezembro de 2008

LIVROS DE 2008




1. A cidade do sol - Khaled Hossein
2. A dieta do Adultério - Eva Cassady
3. A Filha da Minha melhor amiga - Dorothy Koomson
4. A mulher que não prestava - Tati Bernardi
5. Abusado - Caco Barcellos
6. As cinco pessoas que você encontra no céu -Mitch Albom
7. Cabeça de Porco - MV Bill, Luis Eduardo Soares e Celso Athayde
8. Casório? - Marian Keys
9. Desonrada
10. É agora ou nunca! - Marian Keys - (li pela 3a vez)
11. Elite da Tropa - Luis E. Soares, o gostoso do Capitão Pimentel e Andre Oliveira - (li pela 3a vez)
12. Entre os ossos e a escrita - Maitê Proença
13. Férias - Marian Keys
14. Los Angeles - Marian Keys
15. Melancia - Marian Keys
16. Meu nome não é Johny - Guilherme Fiuza
17. Nunca Subestime uma mulherzinha - Fernanda Takai
18. O castelo de vidro - Jeannete Walls
19. O conto do amor - Contardo Caligarris
20. O filho eterno - Cristóvão Tezza
21. O guardião de memórias - Kim Edwards
22. O que toda mulher inteligente deve saber
23. Sushi - Marian Keys
24. To com uma vontade de uma coisa que eu não sei o que é - Tati Bernardi
25. Travessuras da Menina má - Mario Vargas Llosa
26. Tudo o que você não soube - Fernanda Young
27. Um Best Seller pra chamar de seu - Marian Keys
28. Uma Vida inventada - Maitê Proença
29. Vale tudo / Tim Maia - Nelson Mota

Meu presente de Natal


Eu acho o Natal meio chato. Na verdade, acho um saco. Só é um pouquinho legal quando a gente faz amigo-oculto lá em casa. Aí, sim eu gosto.

Só que ninguém gosta de tirar meu nome. Mas, pelo que dizem, não é nada pessoal, não: é que, segundo a lenda, eu tenho tudo e é muito difícil escolher um presente pra mim.

Quando me perguntam o que quero ganhar, respondo "me dá qualquer coisa". Mas a verdade é que sou mesmo chata e nem sempre gosto de ganhar ''qualquer coisa". Bem, sou chata mas não sou insensível,né? O "qualquer coisa" que eu quero dizer é um presente escolhido com carinho.Pra mim, qualquer presente dado com carinho é o melhor do mundo. Mas a verdade é que todo ano a espinha da galera se arrepia só de pensar que pode tirar meu nome no amigo-oculto.

Fazia tanto tempo que eu não ganhava um presente, digo um presente especial. Um presente cuja vontade de me presentear fosse muito maior do que o valor dele em si.

Este ano eu ganhei. E foi o presente mais bonito do mundo. Do jeito que eu adoro: dado com carinho e cheio de ritual.

Ritual de amigo-oculto é aquele pra lá de batido: a pessoa começa a falar sobre a pessoa sorteada... "O meu amigo-oculto é isso, é aquilo...".
Foi assim que ganhei meu presente. O melhor do mundo.

"Meu amigo oculto é a pessoa mais importante da minha vida. Meu amigo oculto é o amor da minha vida: a minha filha Aline". Com essas palavras, meu pai me entregou uma caixa com um sabonete líquido e um creme hidratante. Só que eu nem olhei direito para a caixa. Eu só consegui sentir a eternidade daquele momento. Logo eu, que quero que o tempo passe logo porque acho que tudo é um saco, e o minuto seguinte será melhor e menos tedioso. Naqueles minutos eternos, achei o Natal a data mais bonita do mundo. Naqueles minutinhos o mundo ficou mais leve, mais colorido.

Se ficou mesmo, não sei. Deve ter ficado, mas pra falar a verdade, não prestei muita atenção. Eu só consegui pensar que aquele era o melhor presente do mundo. O mais precioso que eu ganhei na vida inteira.

A tal lenda não é lenda: eu realmente tenho tudo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mais do que presente

- O que você quer de presente?

- Uma varinha de condão. Que funcione.

- Escolhe outra coisa.

- Já escolhi: varinha de condão.

- Não sei onde se compra isso.

- Descobre.

- Serve uma bicicleta?

- Não.

-Uma Barbie?

- Não. Eu quero uma varinha de condão.

- Cismou com isso, hein?

- Dinda, com a varinha de condão eu vou poder ter um monte de outros presentes. Vou ter tudo o que eu quero.

- E o que você quer?

- Que você não vá nunca mais embora. E também um sapato rosa.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TIA CORUJA NEWS INFORMA



Hoje caiu o 1o dentinho da Lara.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Filha da Minha Melhor Amiga

Eu estava certa: o livro é MARAVILHOSO!
Faz chorar e pensar: sobre a amizade, quem , de fato, é o verdadeiro amor em nossa vida... AMEI!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O livro que eu queria ter escrito

"É Agora... ou Nunca" é meu livro de cabeceira. Já o reli tantas vezes que é até constrangedor falar, mas não cansa. E eu sempre choro no final.


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Pra minha amiga Alexandra, com carinho. PS: Alexandra, você é tão querida e tão linda...

Auto-estima e a Síndrome dos Três Porquinhos.
De Gisela Rao.


Auto-estima é um assunto tão falado hoje em dia que chega a encher o saco. Dá vontade de dar um peteleco nas pessoas que viram do nada pra você e dizem: “Você precisa se gostar, ter uma auto-estima alta!”. Bom, a ouvinte, que já se acha um pano de prato ambulante, certamente tem vontade de se enfiar mesmo debaixo da pia, afinal parece tão simples se gostar e ela não consegue. Parece que é tão fácil quanto apalpar um mamão na feira ou comprar um moletom do Mickey, na Disneylândia. Mas, não é! Se gostar, enquanto a maré inteira tenta te convencer de que você não é magra o suficiente, não é linda o suficiente, não é sexy o suficiente, não é bem sucedida o suficiente... é dose! É como remar dentro de um caiaque no meio do tsunami. Na minha opinião, auto-estima é um negócio que se constrói de pouquinho, tijolo por tijolo... Não de uma vez só, na porrada.
Gosto de comparar a auto-estima à fábula dos Três Porquinhos.



Às vezes, encontro mulheres com a auto-estima como a casa de palha de Cícero, o porquinho preguiçoso, completamente frágeis e, mesmo assim, arrastando trens por homens que, num simples sopro, as destroem em pedacinhos. Também encontro mulheres como a casa de madeira do porquinho Heitor, com a auto-estima média, um pouco de insegurança, um pouco de firmeza, mas mesmo assim se sabotam facilmente botando muitas coisas a perder, principalmente no amor. Basta um gesto que pareça com rejeição e pronto: é aquele drama. Foram poucas as mulheres que encontrei com a auto-estima de Prático, o porquinho inteligente. São auto-estimas trabalhadas, construídas com cimento e tijolos, praticamente inabaláveis. A má notícia é que posso contar nos dedos essas mulheres. Uma pena mesmo... Vira e mexe transito pela casa de palha, de madeira e, às vezes, de tijolo no amor.
Mas se ainda transito tanto é porque preciso construir melhor o meu gostar, o meu aceitar. A melhor forma de fazer isso é quando você está só, solteira. E a maioria das mulheres pensa exatamente o contrário, que é preciso ter um homem ao lado para se sentir amada, para sentir-se valorizada. Terrível engano. Quando estamos só temos todo o tempo do mundo para a gente, pra se reconstruir, para aumentar nosso autoconhecimento. Quando você se liberta do pavor de ficar sozinha é aí que começa o seu verdadeiro processo de se amar. Dói no começo, mas depois é bom demais. Então, que resposta você se dá? Sua auto-estima é como a casa de palha, de madeira ou de tijolos – dos Três Porquinhos? Se a resposta for a 1 e a 2, minha pergunta é: onde está a sua pá? Chega de drama e vamos botar a mão na massa!
Gisela Rao é cronista do Blônicas.