sábado, 30 de agosto de 2014

Meu pai.


Amor da minha vida.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

COISAS QUE AMO



Não sou mulher só de gostar. Gostar pra mim é pouco e eu sou de extremos. Não sou de "mais ou menos": sou mulher de amar.

E nesta foto tem muita coisa que eu amo: minha cidade, o cais da minha cidade, a bandeira do meu país, barcos e o mar. Dá pra ser feliz sem mar?

Eu, que sou apaixonada por Minas Gerais, me pego pensando se um dia poderia viver feliz em uma cidade sem mar... Toda vez que viajo, quero logo ver o mar.

Adoro banho de rio -já mergulhei até no Rio Negro, em Manaus. Mas não tem jeito: só o mar faz eu me sentir plena. Quando mergulho, sou a pessoa mais livre do mundo.

Talvez por misturar duas paixões minhas - o mar e a literatura - senti vontade de deixar registrado aqui o poema de Fernando Pessoa que é quase uma ode ao mar (e é um a pena que a maioria das pessoas só conheça o pedacinho do "valeu a pena?".


Mar Portuguez

"Ó, mar salgado, quanto de teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó Mar.

Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu"

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Deus vive na minha casa

O Mestre Carlos Emílio Faraco (sim, ele é meu amigo no Facebook. Sim, eu acho chiquérrimo ser amiga de um Professor e escritor tão fera como ele. Sim, eu metida pra caramba) postou uma poesia no FB:

Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva.

A gente repetia
sem entender
e via casinhas
de porta e janela,
com coqueirinho
e sol na montanha.

Ficava esperando
a palavra de Deus
vir lá de fora,
porque a casa
era indigna,
pequena,
escura -
e Deus era brilho,
grandeza,
dignidade.

Um belo dia,
a gente resolveu sair à janela
e viu
que não havia brilho,
nem grandeza,
nem nada
e que a casa
flutuava no espaço,
à deriva.

Foi assim que conseguimos entender
o sistema solar,
o poder das mãos,
e o pensamento
como imensas âncoras.

E foi impossível não me lembrar de quando eu era criança e ouvia na igreja o trechinho que falava que, por eu ser indigna, Deus não ia entrar na minha casa. Eu pensava "ué, mas Ele está lá em casa o tempo todo!". E sempre esteve mesmo. Porque lá reinavam o amor, a caridade, a alegria e, principalmente, lá havia meus pais, que sempre se trataram com muito amor e respeito. E também ensinavam a mim e a minha irmã o valor da bondade, do amor entre os nossos.

Hoje entendo que Deus jamais deixou de habitar nosso lar e olha que não éramos católicos fervorosos, mas porque praticávamos (e ainda hoje) aquilo que é a verdadeira essência de qualquer religião: o amor fraterno e incondicional.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

MANTRA PRA NÃO FICAR CHATA

Ontem um velho amigo meu me falou "você já percebeu que em meia hora de conversa você já falou sobre mil defeitos seus?". De fato, no meio da conversa eu soltava umas frases do tipo "nossa! minha unha tá horrível", "meu cabelo tá sem corte" ou "tenho de voltar a malhar, tô gorda".
Quantas vezes, num dia, a gente não repete essas coisas negativa sobre nós mesmas? A gente fala isso com tanta naturalidade, que nem percebe e, quando vê, esse monte de reclamações já virou uma grande verdade na nossa cabeça.
Falei pro meu amigo que ele me deu um toque muito importante, pois eu, assim como um monte de mulher que eu conheço, ando precisando gostar mais de mim. Aí ele se lembrou daquele tal bilhete que um ex apaixonado me mandou e disse: faça dele um mantra! Acredite em cada uma das palavras. Se não, você vai virar uma chata de galocha.
Po! Gorda de cabelo sem corte e ainda por cima chata? É melhor fazer o que ele, que gosta de mim, mandou: Repetir que sou linda, maravilhosa e também ler este famoso bilhete.

"Será que você nunca reparou que pra mim não importa quanto você pesa? Em vez de tentar adivinhar isso, prefiro te abraçar e acariciar seu corpo macio. Aliás, adoro ver seu ritual de passagem de cremes: nas pernas, nos braços, na barriga. E quando você pede ajuda pra alcançar as costas, aí eu adoro ainda mais você.
Não sei seu manequim e nem me interessa. Sei o tamanho da sua cintura pelas minhas mãos e isso basta. E se alguma vendedora de roupa me perguntar seu tamanho vou responder: do tamanho exato para caber no meu abraço e dividir minha cama.
Aliás, foi uma resposta parecida que dei quando meu irmão perguntou como você era: do jeito que eu gosto. É, menina encanada com o peso e com o manequim, você é do jeito que eu gosto. Nunca reparou nisso, né? Por isso me deixa sozinho em casa e vai pra academia suar.
Não estou reclamando de você se cuidar. Eu só quero que você se goste desse jeito aí que você já é. E se você não acredita que é tudo isso, pergunta pra mim. Pra mim, viu? E não para nenhuma daquelas suas amigas do trabalho ou da faculdade ou sei lá de onde. Nenhuma mulher confessa para um homem que outra mulher é linda.
Para de me chamar de exagerado: eu acho você linda e pronto. Eu te olho diferente do que você se olha. Você está presa a padrões de beleza, já eu prefiro olhar pra você e descobrir cada dia um detalhe que te faz diferente e bela. Por exemplo, quando você toma uma decisão e nem me consulta: vai lá e faz. Eu faço cara de chateado mas acho um charme você saber o que quer. Também gosto de ouvir que eu não mando em você. Ah, e sua carinha de brava?É a coisa mais sexy que já inventaram. Aposto que tem amiga sua que treina na frente do espelho pra ficar igual.
Quer ver você me deixar com os quatro pneus arriados? É só dizer 'Tô com fome de doce' e devorar aquela barra de chocolate sozinha, em 10 minutos. Quando você abre o armário e diz que não tem roupa e fica olhando pra 3 mil vestidos e saias e calças, eu penso "vou casar com essa mulher".
Mas sabe o que me atrai mesmo em você? É que mesmo dizendo que é muito branca, que tem celulite desde que nasceu e que precisa de outra lipo, contraditoriamente você desfila pela casa sem roupa, numa naturalidade que me deixa perplexo. Eu amo ver você nua, ver suas pernas brancas, não ver nem marquinha de biquine. Outras mulheres precisam de marquinha de biquine para serem sensuais. Você não. Você só precisa ser você. De cabelo castanho ou vermelho, longo ou curtinho. Você está sempre na moda. Você merece sempre uma poesia. E eu sou louco por você."

sábado, 23 de agosto de 2014

Eu pensava que sendo magra seria mais fácil


Havia um tempo que eu pensava que ser magra bastaria.
Bastaria perder uns 10, 12 kg e então vários aspectos na minha vida mudariam: eu seria mais popular na escola, não ficaria tão triste quando tivesse de comprar roupas, não teria mais apelidos como "baleia", "bujão" e outros tão manjados e que sempre machucam.
Depois que eu emagrecesse, eu pensava, tudo seria muito mais divertido e menos incômodo: poderia usar roupas das minhas amigas e também emprestar as minhas, gostaria de me ver nas fotos, usaria cores claras nas roupas e não me esconderia tanto do mundo.
No fundo, tudo o que eu queria na vida era emagrecer 10kg. Claro que havia um motivo bem específico: com menos 10kg eu seria, enfim, uma menina bonita. Não seria mais aquela que "tem o rosto tão bonito, se fizesse uma dieta...". Quando eu fosse mais magra eu seria bonita como minhas primas e minhas amigas e então é claro que eu teria um namorado muito apaixonado por mim, como elas tinham. Olha, eu nem queria ser como algumas delas que tinham vários admiradores. Pra mim, um só estava muito bom. E então quando o namoro terminasse, eu nem ia ficar triste por muito tempo: eu ia era sair com as amigas e ser paquerada a noite toda, que nem elas.
Acho que devo contar brevemente minha história, se não vão acabar me achando meio fútil: fui uma adolescente gorda e nesta condição fui uma adolescente eternamente atormentada (por mim mesma e sobretudo pelos colegas, amigas e família). Fui bem gorda até os 15 anos, quando fiz uma dieta maluca (a 1ª de muitas) e emagreci bastante. Fiquei quase magra, fiquei quase bonita. Durante este tempo eu não vivia só pensando em como emagrecer, eu gostava também de estudar, sempre fui alucinada por leitura, estudei Inglês. Estou falando isso pra você não pensar que minha cabeça gorda era vazia de conteúdo. Olha, eu não queria simplesmente ser bonita e pronto. Eu queria ser magra para que as coisas fossem mais ou menos parecidas: meu interior e meu exterior. Ah, ninguém gosta de ser elogiada só por ser bonita e nem só por ser inteligente. Continuando minha história: emagreci com 15 anos e engordei várias vezes desde então. A média até que foi positiva para meu lado: hoje, bastante tempo depois, visto manequim 40. Bom, né?
Aí é que vem a parte irônica disso tudo: as coisas eram muito mais fáceis quando eu era gorda. Sim, eram mais fáceis e melhores. Não, eu não sou uma eterna insatisfeita,não! Explico: quando eu era gorda e me interessava por algum rapaz, já sabia de antemão que não ia rolar nada. Ele não ia ter o menor interesse por mim, e com toda razão: eu era gorda, lembra? Razão maior que essa não há. Bem, admito que nunca fui uma encalhada, até que beijei muitas boquinhas por aí. E aqui é que está o interessante : quando eu ficava a fim de um carinha, eu esperava que ele nem me olhasse, então, o que viesse era lucro. Ou seja, quando o cara se interessava também, eu encarava como uma exceção à regra. A regra era ser rejeitada.
Hoje, dentro do meu manequim 40 a regra continua valendo, acredite você ou não. Com "trinta e uns" anos não tenho uma única história de amor verdadeiro para contar não para meus netos, que nunca virão, mas para contar pra mim mesma. Ok, amores verdadeiros não andam por aí dando mole, aparecendo a toda hora.
Não quero ser uma devoradora de homens, isso nem combina comigo, mas eu gostaria de pelo menos despertar a atenção de um ou outro carinha, sabe? É gostoso estar num barzinho e receber uns olhares, alguém pedir meu telefone. Todo mundo gosta. Quando acontece de algum carinha me achar, sei lá, charmosinha e a gente sair, aí é que a coisa complica mesmo : ele perde o encanto. Como que por encanto mesmo: de repente o cara que era todo gentil simplesmente some do mapa.
Já fiz algumas "experiências": agi de forma diferente só para testar se aqueles velhos conselhos ainda valem: não beijar no 1º encontro, não me mostrar auto-suficiente logo de cara, não deixá-lo pensar que sou uma carente de carteirinha, ouvi-lo falar por horas sobre o carro novo que vai comprar... Depois do 3º ou 4º encontro é um tal de "ando tão ocupado" pra cá, "estou sem tempo" prá lá que às vezes eu até dou risada. Só às vezes, porque na maioria das vezes eu fico é muito triste e me pergunto o porquê, afinal, isso sempre acontece comigo. Será que sou muito chata? Será que meu papo cansa? Será ... será... será o quê?
No final das contas, era bem mais fácil quando eu era gorda. A culpa era minha e ponto final. Eu já sabia onde estava o erro: estava na minha (falta de) cintura, no pneuzão da barriga. E é muito mais fácil culpar o ponteiro da balança

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

18 de agosto



Lara, vem cá;

Lara, te amo;

Lara, vem com a titia;

Lara, para com isso!;
Lara, te amo;
Lara, tô com saudade;
Lara, Lara, Lara, Lara...

Há 11 anos descobri que o amor não é substantivo abstrato: ele tem tem nome, sobrenome, boquinha vermelha de batom, olhos iluminados e me chama de Dinda.

O amor faz bagunça, usa vestido rodado, se veste de Princesa, de bailarina e quando me abraça
esqueço o resto do mundo.

O amor me faz feliz quando me acorda cedo e pede café com leite, quando não me deixa ler um livro sossegada e pede pra usar minha maquiagem.

O amor escreve "Dinda, te amo do fundo do coração" e diz que tenho cheirinho de tia querida.

Lara, Lara, Lara...
Que orgulho ver você crescer, tão inteligente, astuta, bagunceira e doce. Teimosa e determinada.
Serei a sua eterna tia coruja, ao seu lado sempre. "A minha sorte grande foi você cair do céu, minha paixão verdadeira".


Lara, você que encheu de luz a minha vida num certo 18 de agosto, 2a-feira, em Laranjeiras.



Sou sua tia, sua dinda, uma eterna apaixonada, enfim.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Selfie literário

Minhas sobrinhas, além de lindas, fazem parte da geração Flip: a da galerinha que cresce com o hábito da leitura. E eu, coruja que sou, fico muito, muito orgulhosa!

O G1 fez um "selfie literário" muito criativo e minhas amadas participaram. Para ver o vídeo, clique aqui 

FLIPINHA

Também a Flipinha fez um sucesso imenso.


FLIP 2014

Sem palavras para descrever o que foi a 12a edição da Flip.