O VELHO
O velho sem conselhos
De joelhos
De partida
Carrega com certeza
Todo o peso
Da sua vida
Então eu lhe pergunto pelo amor
A vida inteira, diz que se guardou
Do carnaval, da brincadeira
Que ele não brincou
Me diga agora
O que é que eu digo ao povo
O que é que tem de novo
Pra deixar
Nada
Só a caminhada
Longa, pra nenhum lugar
O velho de partida
Deixa a vida
Sem saudades
Sem dívidas, sem saldo
Sem rival
Ou amizade
Então eu lhe pergunto pelo amor
Ele me diz que sempre se escondeu
Não se comprometeu
Nem nunca se entregou
E diga agora
O que é que eu digo ao povo
O que é que tem de novo
Pra deixar
Nada
E eu vejo a triste estrada
Onde um dia eu vou parar
O velho vai-se agora
Vai-se embora
Sem bagagem
Não se sabe pra que veio
Foi passeio
Foi Passagem
Então eu lhe pergunto pelo amor
Ele me é franco
Mostra um verso manco
De um caderno em branco
Que já se fechou
Me diga agora
O que é que eu digo ao povo
O que é que tem de novo
Pra deixar
Não
Foi tudo escrito em vão
E eu lhe peço perdão
Mas não vou lastimar
Aline, que lindo.Não conhecia . Mas o Chico é realmente um poeta. Olha, gostei muito de você ter sugerido o meu blog no seu. Fico até sem graça dele aparecer ao lado do da Leila Ferreira. Achei engraçado pois tinha várias pessoas comentando que eu nunca tinha visto falar e só descobri o motivo. Não tenho nenhuma pretensão literária, ou pretensão de divulgá-lo, mas é ótimo ver pessoas compartilhando com você de suas idéias e opiniões, mesmo quando elas não são as mesmas da gente. É uma gostosa troca. Um beijão e vamos continuar escrevendo nossas estórias, idéias, opíniões.
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