quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ABAIXO O DESPERDÍCIO. DE HORMÔNIOS, DE PRAZERES, DE AMORES

Toda vez que começo um relacionamento, por mais apaixonada que esteja, tento bancar a racional e pergunto a mim mesma "Aline, você seria capaz de dizer 'não' àquele outro rapaz que te desperta tantas emoções (leia-se: tesão)?". Se a resposta for SIM, embarco na nova aventura que é iniciar um namoro.
Faço isso porque não curto traições. Sou meio preguiçosa, aliás, para trair. Dá um trabalhão ter relações paralelas, ainda mais para quem é assim meio desligada como eu. E confundir nomes, convenhamos, é uma gafe danada, né?
Então, acabo parecendo romântica e até careta e até, quem diria, "moça séria". Só namoro quando de fato gosto do rapazinho. Se o sentimento por ele não for suficientemente grande a ponto de dizer ''não" ao(s) outro(s) que rondaram minhas noites solitárias, acho melhor só curtir.
Mas sabe qual é a verdade? Acho uma baita sacanagem a gente ter de abrir mão de uma pessoa só porque apareceu outra na minha vida. Sabe coração de mãe, onde sempre cabe mais um? Acredito que o coração de muita gente é assim.
Se eu pudesse mudar alguma coisa no mundo, certamente seria isso. Acho uma baita sacanagem privação de prazeres.
Tem uma música do Kid Abelha que me faz lembrar disso tudo o que falei. Com uma frase que mata a pau: "(...) prazeres já temos de menos".



Meus amores me querem inteira
em qualquer posição
Meus amores não marcam bobeira
e eu não fico na mão
Escritório, supermercado
banco de condução
Todo canto é apropriado
Eu nunca digo não
Abaixo o enguiço dos neurônios
Abaixo o desperdício de hormônios
prazeres já temos de menos,
produtos já temos demais
vamos ficar
vamos fazer
vocês e eu, eus e você
vamos gozar
vamos viver
vocês e eu, eus e você
O amor o sorriso e as flores
Paraíso de Dante
Meus amores não são implicantes
com meus outros amantes
Corcovado ou escada rolante
tudo isso convém
Todo homem merece um harém
toda mulher também
Abastece de óleo os neurônios
Esquece o monopólio de hormônios
prazeres já temos de menos,
ciúmes já temos demais




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