segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DESNORTEADA

Faz tempo que não escrevo nada novo, né? É que os últimos meses foram tão difíceis pra mim: perdi emprego, namorado, fui embora do Rio... enfim, minha vida virou do avesso e ainda não me acostumei.
Ando meio deprimida, totalmente entediada e isto cria um bloqueio imenso de criatividade.
Não sei dizer exatamente como estou, só sei que perdi o rumo e esperança hoje em dia é uma palavra apenas, não mais um sentimento.
Tenho levado uma vida bastante imbecil. Tal qual este texto aqui.

5 comentários:

  1. Oi aline! Descobri seu blog hoje e to seguindo... gostei da sua verdade nas palavras e te digo: nunca, jamais desista de sonhar, pois sonho é o combustivel da vida! Deus tem um plano pra tua vida, e o plano de Deus é de paz :) Acredite, mesmoque nao pareça, Deus está do seu lado. Beijos e se puder, venha conhecer meu blog tbm.

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  2. Aline
    Meu Deus do céu, não fique assim!
    Eu te quero muito bem do messo jeito que quero bem pras minhas irmãs.
    Tenho certeza que vai conseguir tudo o que quer e vai dar boas risadas deste tempo de sofrimento.
    Ontem aconteceu de cair um raio no consultorio de Andrea e queimar tudo inclusive os computadores.
    Minha irmã também esta triste e ainda por cima com muita gripe.
    Para ambas estou pedindo que Deus interceda por voces.
    E não desanime pois são as minhas princesinhas.
    E Deus brinca conosco e nos experimenta.
    Vamos dar uma mãozinha pra Deus e subir no seu colo.?
    com muita amizade e carinho cheio de saudades e com esperança para voces duas
    Escreva , pois escrever faz bem pra alma

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  3. Querida Aline,

    O destino tem dessas coisas,mas não fique assim ,vamos dar a volta por cima de tudo isso,não se esqueça de que você tem um dom todo especial" escrever".Por isso amiga força sei que você consegue.Beijos nesse coraçãozinho que é tão lindo e cheio de vida,um forte abraço desses de preencher a alma.
    Da sua Amiga Nacilia Mariano

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  4. Quando se perde a esperança e a fé, não se têm muita coisa, só a vida com a missão de dar novas oportunidades todos os dias para recomeçar. Não importa o tempo que leve, quando se recuperar.. tudo isso não vai passar de rascunho, da sua verdadeira história.

    A única coisa imbecil no seu texto foi você mencioná-lo assim. :)

    Paz

    Ass.: Eu passando por aqui!! rsrs

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  5. ei aline, este é o momento em que você mais precisa de um papel, de uma caneta e de palitinhos de fósforo. num deixe a cabeça encher não. coloque tudo em um papel, seja os sentimentos bons ou ruins, é uma boa forma de se elaborar as questões que a vida nos apresenta. logo estará de emprego novo e cheia de novas perspectivas para a vida. ah! vocÊ gosta do Rubem Braga? leia isso:

    Receita para mal de amor

    -Minha querida amiga:
    Sim, é para você mesma que estou escrevendo - você que naquela noite disse que estava com vontade de me pedir conselhos, mas tinha vergonha e achava que não valia a pena, e acabou me formulando uma pergunta ingênua:

    -Como é que a gente faz para esquecer uma pessoa?

    E logo depois me pediu que não pensasse nisso e esquecesse a pergunta, dizendo que achava que tinha bebido um ou dois uísques a mais..

    Sei como você está sofrendo, e prefiro lhe responder assim pelas páginas de uma revista - fazendo de conta que me dirijo a um destinatário suposto.

    Destinatário, destinatária...Bonita palavra: não devia querer dizer apenas aquele ou aquela a quem se destina uma carta, devia querer dizer também a pessoa que é dona do destino da gente. Joana é minha destinatária. Meu destino está em suas mãos; a ela se destinam meus pensamentos, minha lembranças, o que sinto e o que sou: todo este complexo mais ou menos melancólico e todavia tão veemente de coisas que eu nasci e me tornei.

    Se me derem para encher uma fórmula impressa ou uma ficha de hotel eu poderei escrever assim: Procedência - São Paulo; Destino - Joana. Pois é somente para ela que eu marcho. No táxi, no bonde, no avião, na rua, não interessa a direção em que me movo, meu destino é Joana. Que importa saber que jamais chegarei ao meu destino?

    Isso eu gostaria de lhe dizer, minha amiga, com a autoridade triste do mais vivido e mais sofrido: amar é um ato de paciência e de humildade; é uma longa devoção. Você me responderá que não é nada disso; que você já chegou ao seu destinatário e foi devolvida como se fosse uma carta com o endereço errado. Que teve alguns dias, algumas horas de felicidade, e por isso agora sofre de maneira insuportável. Então lhe aconselho a comprar um canivete bem amolado e afinar dezoito pedacinhos de pau até ficarem bem pontudos, bem lisos, perfeitamente torneados - e depois deixá-los a um canto. Apanhar uma folha de papel tamanho ofício e enchê-la com o nome de seu amado, escrevendo uma letra bem bonita, de preferência com tinta azul. Em seguida faça com essa folha um aviãozinho, e o jogue pela pela janela. Observe o vôo e a aterrizagem. Depois desça, vá lá fora, apanhe o avião de papel, desdobre a folha novamente (pode passá-la a ferro, para o serviço ficar mais perfeito e não haver mais nenhum indício da construção aeronáutica) e volte a dobrá-la, desta vez ao meio. Dobre outras vezes, até obter o menor retângulo possível. Então, com o canivete, vá cortando as partes dobradas até transformar toda a folha em minúsculos papeizinhos, tão pequenos que o nome de seu amado não deve caber inteiro em nenhum deles. Aí, apanhe todos aqueles pauzinhos que tinha deixado a um canto e, com os pedacinhos de papel, faça uma fogueira com o máximo cuidado até que restem somente cinzas. A seguir poderá repetir a operação...

    -Adianta alguma coisa?

    Por favor, querida amiga, não me faça esta pergunta. Nada adianta coisa alguma, a não ser o tempo; e fazer fogueirinhas é um meio tão bom quanto qualquer outro de passar o tempo.

    um carinho!

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