terça-feira, 4 de agosto de 2020

Não leia: eu tenho de manter a pose

Reparou que eu dei um tempo por aqui? Que nem tenho escrito muitas coisas? Juro que não é falta de interesse. Há há há! Você jamais vai dizer isso de mim, darling. Vou tentar explicar meu “sumiço”: alguém inventou que não é bom falar tudo assim, de supetão, entregar o ouro. Então, eu confesso, minha falta de notícias é gênero.
Só que eu não aprendi a fazer isso direito e vou te contar tudo o que eu tô morrendo de vontade de te contar faz tempo, mesmo morrendo de medo de estragar (o quê?). Mesmo sabendo que em matéria de coração sou uma analfabeta e infrinjo todos os “manuais de sedução”, só porque eu não consigo te deixar com saudade de mim: eu dou notícias de mim o tempo todo.
Se quiser saber tudo o que senti vontade de falar nesses últimos tempos basta ler este texto longo e óbvio. Bem, vou torcer pra que role algum problema no micro que me faça perder tudo o que escrevi. Mas se não rolar, eu ainda tenho a opção de não publicar. Mas a verdade é que eu sou ruim demais pra falar e escrevendo eu me expresso melhor. Talvez ler te seja menos assustador do que ouvir.
Pra início de conversa, falo logo que ainda tenho muitos medos e o maior deles é descobrir, sem anestesia, que sou só uma pessoa especial pra você. Daquelas pra quem a gente diz “você sempre terá um lugar no meu coração”. Porque eu não quero nunca ter só um lugar no seu coração: eu quero morar no seu coração, entendeu?
É horrível pensar nisso, mas a verdade é que daqui a três dias talvez eu descubra (ouvindo de você) que foi tudo muito legal, mas acabou. Mas, por mais incrível que pareça, tô me lixando o quanto isso vai doer. Agora eu só consigo pensar no quanto é gostoso esse lance de gostar de você.
Você nem imagina como te conhecer revolucionou minha vida. Acabei de ler uma frase e vou ter de repeti-la aqui: você zerou a minha vida. Com aquele seu jeito de me fazer rir, sua preocupação com a família, com sua vontade de ser feliz, você acaba de me salvar.
Lembra que pedi pra você não se assustar comigo? Talvez seja uma das coisas que eu mais queira de você. Não se assuste comigo. Não se afaste de mim.
Eu não vou conseguir te provar, mas eu sou gente boa. Eu não tenho metade da maturidade e desprendimento que penso ter, mas eu sou gente boa. E mesmo se eu não for assim tão legal, eu sei que vou ser, logo, logo. Sim, eu vou virar a pessoa mais bacana do mundo porque você me deu uma vontade danada de ser uma pessoa legal, uma pessoa do bem.
Faltam anos luz pra eu ser assim tão "easy going” como eu tento parecer, mas a verdade é que eu até já consigo não ser tão reclamona ou estressada. Faz um tempão que não xingo o cara da Net ou a telemarketing da Nextel e seus gerúndios. Eu não tô nem aí pra quem fala errado, não quero mais mudar ninguém. Voltei a gostar de filme romântico, vê se pode! Também não implico tanto com casalzinho no início do namoro: de repente, o amor deles vai ser pra sempre mesmo. Quem sabe?
Não ria, mas eu tô gostando pra caramba da vida, até gostar de mim eu tenho conseguido. E você tem muito a ver com isso. 
Não se assuste comigo.
Sabe aquele friozinho na barriga quando alguém te toca? É bom, né? Mas sabe o que é melhor? É perceber que eu posso sentir de novo. Isso é uma das coisas que mais me deixa feliz e foi você que trouxe pra mim: a sensação de não estar mais anestesiada.
Eu pensava que já conseguia mandar na minha vida novamente mas estou feliz à beça por perceber que perdi totalmente o controle do que sinto.
Eu ando tão boba, você nem imagina. Nossa! Que bom que você não me viu esses dias, porque eu ando mesmo muito boba. Idiota, sabe? E é bom ser idiota no meio do expediente e olhar sua foto: eu abro um sorriso meio disfarçado mas que entrega tudo. Aí depois eu tento ser séria de novo, mas fica engraçado.
Viu quanta coisa você fez em mim? Agora eu te peço mil vezes: não se assuste comigo. Gostaria de conseguir te mostrar que, apesar das minhas complexidades, você me despertou só sentimentos bons: é uma coisa leve, suave.
Pode ser que você não seja assim tão obediente (ou tenha te fugido ao controle) e você já esteja muito assustado comigo. Aí, é certo que se afastará, sim, de mim. E então vou sofrer por intermináveis 15 minutos e depois vou seguir em frente. E vai ser uma pena você não me ver mais, porque, depois dessas coisas que eu vivi, certamente, eu sou uma pessoa bem mais legal. 
Um beijo grande. Com uma saudade imensa, daquelas que eu pensava que não sentiria nunca mais.

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