terça-feira, 5 de abril de 2011

MANTRA PRA NÃO FICAR CHATA



Ontem um velho amigo meu me falou "você já percebeu que em meia hora de conversa você já falou sobre mil defeitos seus?". De fato, no meio da conversa eu soltava umas frases do tipo "nossa! minha unha tá horrível", "meu cabelo tá sem corte" ou "tenho de voltar a malhar, tô gorda".
Quantas vezes, num dia, a gente não repete essas coisas negativa sobre nós mesmas? A gente fala isso com tanta naturalidade, que nem percebe e, quando vê, esse monte de reclamações já virou uma grande verdade na nossa cabeça.
Falei pro meu amigo que ele me deu um toque muito importante, pois eu, assim como um monte de mulher que eu conheço, ando precisando gostar mais de mim. Aí ele se lembrou daquele tal bilhete que um ex apaixonado me mandou e disse: faça dele um mantra! Acredite em cada uma das palavras. Se não, você vai virar uma chata de galocha.
Po! Gorda de cabelo sem corte e ainda por cima chata? É melhor fazer o que ele, que gosta de mim, mandou: Repetir que sou linda, maravilhosa e também ler este famoso bilhete.


"Será que você nunca reparou que pra mim não importa quanto você pesa? Em vez de tentar adivinhar isso, prefiro te abraçar e acariciar seu corpo macio. Aliás, adoro ver seu ritual de passagem de cremes: nas pernas, nos braços, na barriga. E quando você pede ajuda pra alcançar as costas, aí eu adoro ainda mais você.
Não sei seu manequim e nem me interessa. Sei o tamanho da sua cintura pelas minhas mãos e isso basta. E se alguma vendedora de roupa me perguntar seu tamanho vou responder: do tamanho exato para caber no meu abraço e dividir minha cama.
Aliás, foi uma resposta parecida que dei quando meu irmão perguntou como você era: do jeito que eu gosto. É, menina encanada com o peso e com o manequim, você é do jeito que eu gosto. Nunca reparou nisso, né? Por isso me deixa sozinho em casa e vai pra academia suar.
Não estou reclamando de você se cuidar. Eu só quero que você se goste desse jeito aí que você já é. E se você não acredita que é tudo isso, pergunta pra mim. Pra mim, viu? E não para nenhuma daquelas suas amigas do trabalho ou da faculdade ou sei lá de onde. Nenhuma mulher confessa para um homem que outra mulher é linda.
Para de me chamar de exagerado: eu acho você linda e pronto. Eu te olho diferente do que você se olha. Você está presa a padrões de beleza, já eu prefiro olhar pra você e descobrir cada dia um detalhe que te faz diferente e bela. Por exemplo, quando você toma uma decisão e nem me consulta: vai lá e faz. Eu faço cara de chateado mas acho um charme você saber o que quer. Também gosto de ouvir que eu não mando em você. Ah, e sua carinha de brava?É a coisa mais sexy que já inventaram. Aposto que tem amiga sua que treina na frente do espelho pra ficar igual.
Quer ver você me deixar com os quatro pneus arriados? É só dizer "Tô com fome de doce" e devorar aquela barra de chocolate sozinha, em 10 minutos. Quando você abre o armário e diz que não tem roupa e fica olhando pra 3 mil vestidos e saias e calças, eu penso "vou casar com essa mulher".
Mas sabe o que me atrai mesmo em você? É que mesmo dizendo que é muito branca, que tem celulite desde que nasceu e que precisa de outra lipo, contraditoriamente você desfila pela casa sem roupa, numa naturalidade que me deixa perplexo. Eu amo ver você nua, ver suas pernas brancas, não ver nem marquinha de biquine. Outras mulheres precisam de marquinha de biquine para serem sensuais. Você não. Você só precisa ser você. De cabelo castanho ou vermelho, longo ou curtinho. Você está sempre na moda. Você merece sempre uma poesia. E eu sou louco por você.

3 comentários:

  1. A-D-O-R-E-I!!!!! Simplemente este teu namorado é umm fofo,(leia-se querido e apaixonante!)e eu to apaixonada por ele!!!Tu já deves conhecer este texto da Martha Medeiros, mas de qualquer forma, acho que ele merece ser lido e re-lido. Um Grande abraço meu []'

    "MULHERES POSSÍVEIS"

    Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
    Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
    Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo a filha no colégio e busco, estudo com ela, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão, a igreja, acredito e oro a Deus e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
    E, entre uma coisa e outra, leio livros.
    Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
    Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
    Primeiro: a dizer NÃO.
    Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
    Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
    Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
    Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
    Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
    Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher.
    E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
    Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
    É ter tempo.
    Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!
    Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela.
    Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
    Tempo para fazer um trabalho voluntário.
    Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
    Tempo para conhecer outras pessoas.
    Tempo para voltar a estudar.
    Para engravidar.
    Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
    Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
    Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
    Existir, a que será que se destina?
    Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
    A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
    Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
    Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
    Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
    Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
    Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
    Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela..
    Desacelerar tem um custo.
    Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
    Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
    E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
    (Martha Medeiros - Jornalista e escritora)

    ResponderExcluir
  2. Um amigão me falou a mesma coisa na semana passada. Fiquei com cara de bocó e dei razão a ele. Já que é pra falar da gente... vamos falar coisa boa, né?

    ResponderExcluir
  3. Aline
    Eu li um livro que esplicava direitinho com fazer ioga e mantra.
    Mas esqueci o nome
    com carinho Monica

    ResponderExcluir

Gostou? Comenta aí!