sábado, 25 de fevereiro de 2017

O dia que meu amigo me deu um conselho

Ontem um velho amigo meu me falou "você já percebeu que em meia hora de conversa você já falou sobre mil defeitos seus?". 

De fato, no meio da conversa eu soltava umas frases do tipo "nossa! minha unha tá horrível", "meu cabelo tá sem corte" ou "tenho de voltar a malhar, tô gorda".

Quantas vezes, num dia, a gente não repete essas coisas negativa sobre nós mesmas? A gente fala isso com tanta naturalidade, que nem percebe e, quando vê, esse monte de reclamações já virou uma grande verdade na nossa cabeça.

Respondi pro meu amigo que ele me deu um toque muito importante, pois eu, assim como um monte de mulher que conheço, ando precisando gostar mais de mim. Aí ele, que é meu amigo e gosta de mim, se lembrou de alguns elogios que já me viu recebendo. E que, em quase todas as vezes, fiquei sem jeito, quase como se dissesse "para com isso, eu não mereço ser elogiada". Ele saiu falando "Você tem olhos lindos", "suas pernas arrasam" e por aí foi. Falei que ele deveria estar muito inspirado, mas ele respondeu que estava mesmo é preocupado em ver eu mesma me colocar tão pra baixo e quase todas as vezes por causa de 6/ 7 kg a mais.  

Entendi o quão profundo era aquele toque: afinal, sou mais do que isso, mais do que um corpo, mais do que o que a balança me mostra. 

Acreditei no meu amigo e resolvi repetir para mim mesma, como se fosse um mantra, cada uma dos elogios. E me lembrei de outros: sou inteligente, sou uma boa amiga... Decidi não virar uma chata de galocha.

Pô! Gorda de cabelo sem corte e ainda por cima chata? 

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