Mensagem nova na caixa de e-mails. Se pensamento positivo atrai o que a
gente quer, foi você quem mandou.
Pensar positivo vale a pena e atrai o que eu mais desejei nestes últimos
tempos: é sua a mensagem. Uma dica de livro. Mas é um livro de autoajuda.
Detesto livros deste tipo, mas vindo de você não tem como não ler.
Você lembrou de mim porque era um destes best sellers babacas que falam sobre o quanto as “mulheres de trinta e pouco anos” perderam a feminilidade e lá eles dão todas as dicas de como devemos nos lembrar de nossas mães, sempre tão amáveis, sempre tão submissas aos nossos pais mantêm casamentos longos e felizes.
Eu preciso me feminilizar. Eu preciso deixar de ser metida a besta e parar com aquela mania de achar que sou independente e poderosa. Eu preciso de um casamento feliz. É isso que você tem a me dizer. É isso que você pensa sobre mim.
Você lembrou de mim porque era um destes best sellers babacas que falam sobre o quanto as “mulheres de trinta e pouco anos” perderam a feminilidade e lá eles dão todas as dicas de como devemos nos lembrar de nossas mães, sempre tão amáveis, sempre tão submissas aos nossos pais mantêm casamentos longos e felizes.
Eu preciso me feminilizar. Eu preciso deixar de ser metida a besta e parar com aquela mania de achar que sou independente e poderosa. Eu preciso de um casamento feliz. É isso que você tem a me dizer. É isso que você pensa sobre mim.
Faz 14 meses que não nos vemos. Há 14 meses eu sonho com você, mas sou cabeça dura demais pra te procurar e viver nossa história à distância. Eu tenho medo da distância que já existia quando morávamos
naquele conjugado sem privacidade.
Minha memória para datas te assusta e te faz pensar que sou racional
demais. Mas não tenho nada de cartesiana: se eu me lembro qual foi exatamente o
dia que nos vimos pela última vez é porque não consigo isolar um fato do
restante do cenário. Descartes nunca foi meu filósofo predileto. Não vou muito
com a cara dos franceses.
Você sabe que sou emoção no estado mais puro e que tenho coração até no
meio das pernas. E isto também te assusta.
Há 15 meses te deixei apavorado porque soltei um “eu te amo”, assim do
nada. Depois de uma crise de risos – destes, sim, não me lembro o motivo.
No dia seguinte você veio com aquele papo bem coisa de homem: não quero
te fazer sofrer, acho que não estou preparado para te amar.
Ninguém está, meu caro. Todo mundo diz que quer encontrar o grande amor
mas não quer, não. No fundo sabem que é uma espécie de bungee jump do qual não
se volta inteiro.
Dias depois, você chegou com um jantar surpresa e me derreteu toda. Fingi que não havíamos combinado que haveria carinho, mas nunca amor. Te amei
como nunca naquela noite. Mais até do lá em Penedo, naquela pousada gelada que
nos obrigava a passar horas abraçados debaixo do cobertor. Naquele dia eu te
amei muito, mas acho que era mais pelo sexo. O cenário convidava.
E 14 meses depois do último beijo eu ainda te amo e te desejo e espero
e-mails seus.
Esta seria só mais uma história de amor do cara que descartou a gata e
da gata que não esqueceu o gato. Milhões de histórias são assim. Milhões de
vezes eu vivi isso. No entanto, meu Tsunami, parei de lutar contra este babaca
coração e deixei a coisa rolar. Desisti de te esquecer e partir para outra
beijando um aqui e outro ali. Não que não tenha beijado alguns carinhas, é
claro. Só parei de fingir que aquilo lá importava.
Desisti de te esquecer porque assim consigo ainda sentir o gostinho
bom de, mesmo num momento tão caótico e extremo, gostar de um cara que se
apresentou como de bem com a vida e bem resolvido – e se mostrou tão assustado
quanto eu diante de um sentimento-ventania que balançou nossos alicerces.
Por ainda gostar de você, deveria produzir muito. Escrever milhões de
páginas. Mas como dá pra notar, até este texto ficou bem babaquinha.
Quase tão babaquinha quanto qualquer um dos trechos do livro que você
indicou. Eu nunca gostei de você por causa de suas histórias engraçadas, do seu
senso de humor e muito menos pelo seu “carioca way of life”.
Não havia nada mais prazeroso do que esperar você dormir de bruços só
pra olhar suas costas peludas. Eu amava até seu medo idiota de eu repetir “te
amo” em tão pouco tempo.
Eu gostava de você por nada e isso é coisa de quem gosta muito.
Olá!
ResponderExcluirAchei seu blog por acaso e estou amando! Salvei até no meu "Favoritos".
Adoro seus textos e me identifico muito com eles. Alguns parecem escritos para mim.
Bjos