sexta-feira, 10 de abril de 2015

O meu pai


Há 1 mês o grande amor da minha vida foi embora deste mundo físico. Faz 30 dias que minha vida está de ponta cabeça e quase nada mais faz sentido. Incluindo minhas emoções - precisei deixar grande parte de minhas emoções de lado e deixei de sentir muita coisa. Para minha sobrevivência, preciso não sentir tanto. 




Ê que eu sou feita de sentimentos e sentir tanto como eu sempre sinto me levaria à loucura.

Também sou feita de ossos e Cléber; de órgãos e Cléber; de células e Cléber e, como já falei, sou sentimentos e ... Cléber. Assim, de cara, sou capaz de apostar que jamais serei inteira novamente.

Mas por tanto amor que dele recebi, estou de pé ajudando na recuperação de minha irmã e de meu cunhado e dando força à minha mãe e minhas sobrinhas.

Ele foi o melhor pai do mundo. Eu fui a melhor filha para ele. Fui a filha sob medida par um pai como ele: jamais dei motivo de preocupação, dizia sempre "eu te amo, velho" e não houve uma única pendência entre nós dois. Fomos pai e filha, no mais belo e profundo significado desta relação.






Não sei o que será de mim nem a longo nem a curto prazo, mas de uma coisa eu tenho convicção: todo mundo merecia ter um pai como o meu velho.