domingo, 24 de abril de 2011

Encontros

Estou há dias protelando um 1º encontro. Também tenho dados desculpas para um reencontro com um ex.
Primeiros encontros são sempre embaraçantes, é difícil me sentir confortável. Tenho um medo absurdo de acontecerem algumas coisas que detesto, como por exemplo o cara não beber. Encontrar-se a 1ª vez com uma pessoa exige uma certa dose de álcool, pra relaxar. Fico sempre na ansiedade enjoativa de eu estar vestida daquele jeito que os fashionistas dizem “casual”, que é o mesmo que “meio largada”: nada de grandes produções, pouca maquiagem, salto baixo e ele aparecer lá todo produzidinho. Ou o contrário: eu caprichar na produção e o cara aparecer “casualmente” vestido. Ok, é deste tipo de homem que eu gosto: dos que não ficam pensando em qual roupa usar e tal e tal.
Pra mim é sempre chata a hora de me arrumar: odeio o estilo patricinha, mas também não dá pra chegar lá no meu estilo “Babilonia Feira Hypie”. Dizem que homem não gosta. Tenho outro problema: encontrar um vestido ou uma camiseta que não deixe meus peitos saltando e que o façam virar a atração da noite. Este é um outro assunto que me embrulha o estômago: o tipo de homem que conversa com meu peito “Oi, peito da fulana,tudo bem?”.
Detesto aqueles silêncios constrangedores, quando ele se instala, sinto uma vontade doida de ir correndo pra casa. Então, pra não fazer isso e o cara achar que sou uma louca varrida, eu falo, falo qualquer coisa. Muitas vezes ganho fama de faladeira por causa disso. Puxa! É melhor alguém ter o que falar do que deixar aquele silêncio que parece até ter legenda “isso aqui ta um saco, né?”. Ou, o que é meu pior pesadelo: ele me beijar. Odeio beijos no 1º encontro. Sei lá o porquê, mas não gosto.
Outra coisa que me faz odiar ter aceitado o convite é quando o sujeito é metido a entender de vinhos. Puta que pariu! Já reparou como é patético? O cara pega a taça, faz um gestos (sempre muito esnobes) com ela, cheira o conteúdo... e faz um comentário: adocicado, amadeirado. Argh! “Garçom, traz um Plasil, por favor? Vou vomitar.” . É exatamente esse meu pensamento cada vez que isso acontece. Francamente...
Posso dizer que tenho uma certa prática em 1os encontros, então, dou sempre um jeito de saber aonde vamos. Se o cara me chamar pra ir a um restaurante japonês, recuso na hora. E nunca mais atendo telefonema do “homem-clichê”.
Com essa lista imensa do saco que, geralmente, é um 1º encontro, eu não deveria estar há semanas inventando desculpas para o tal ex. Afinal, além de gatinho, ele não comete estes pecados. Só que também tem umas coisas chatas em sair com o ex.
Tem uns que pensam que o tempo não passou e faz umas perguntas tão idiotas: e sua sobrinha, como ela está? Já está andando? Po! Ele conheceu a garotinha com 3 meses de idade e ela agora tem 4 anos. É falta de assunto ou ele pensava que ela tinha alguma deficiência?
Na verdade, a maioria pensa mesmo que o tempo não passou e assim que pede a conta do barzinho ou do restaurante, tem a certeza absoluta de que vamos para onde sempre íamos: ou pro motel ou pro meu apartamento. E faz isso com uma naturalidade irritante, sem nenhum clima de sedução ou coisa do tipo. Parece que faz parte do pacote: chopinho, tira-gosto e cama. Só que, geralmente, eu não sou consultada.
Ok, não sou tão bobinha a ponto de achar que a gente ia ficar só no tira-gosto. E, pra falar a verdade, eu caprichei na lingerie: se o ex não valesse uma transa, não valeria um reencontro. Mas custava a criatura me levar pra um motel diferente? O tempo, afinal, passou, né?

sábado, 23 de abril de 2011

A CULPA NÃO É MINHA!




O Alexandre Camerini, além de ser um fotógrafo nota 10, é tão espirituoso quanto eu. Então me mandou esta frase:


"Calorias são pequenos vermes inescrupulosos que vivem nos guarda-roupas e que durante a noite encolhem as roupas da gente.”


PS: Acho que ele gosta de mim, né? Bem, pelo menos me tirou a culpa: eu me esforço pra ficar em forma, mas o que se pode fazer contra vermes inescrupulosos?

VIDA QUE SEGUE

Hoje, depois de muito tempo, eu senti ciúmes. De tudo. Pensei em você boa parte do dia, mas pensei mesmo foi em você durante a noite. Entrando em casa com a mala da academia, despejando a mochila com o laptop e outras tranqueiras em cima do sofá.
Não deve haver nenhuma sobra minha por lá. A faxineira não é lá tão caprichosa, mas certamente já varreu todos os fios de cabelo vermelho, meu cabelo, que cai e deixa rastros. Sim, ela já varreu a casa milhares de vezes desde que estive aí pela última vez.
Minha mania de esquecer brincos deve ter causado algum desconforto em você. Será que incomodou a nova "Lindinha"? Por milésimos de segundos tenho uma vontade louca de que sim, ela tenha ficado puta da vida por ver um brinco que não era dela. Era meu.
Minhas fotos já saíram da estante. Será que foram para o álbum de "momentos felizes do passado"? ou estão lá, no fundão da gaveta, por justa preguiça de se lembrar de mim?
Entendo a urgência de se livrar de qualquer lembrança minha, afinal, faço parte do que quase aconteceu e não posso assombrar o que ainda pode ser. Mas que é a maior sacanagem do mundo ela dormir no lençol que escolhi com tanto cuidado, isso é.
Será que ela dá risada quando vê você procurando aquele documento? Ou será que ela faz o tipo séria e companheira e, em vez de ficar sentada na sua cama olhando e rindo, vai lá e te ajuda?
Senti um ciúme danado imaginando outra menina deitada no seu ombro, aproveitando o tanto que ele é grande e bom de se deitar. Pior do que isso: e se ela não der valor a isso?
Deitar nos seus braços era a apoteose do meu dia, era o momento do "sim", era tudo o que eu mais gostava na vida. Se essa louca não gostar do seu abraço eu adoraria que ela encontrasse uma camisola qualquer minha na sua gaveta. Só pra ela também sentir ciúme de você e talvez saber que tem uma "Lindinha" que daria tudo para ganhar seu abraço e esquecer o mundo.
Ciúme não leva a nada, ciúme é insegurança. Mas também é a verdade jogada na cara: a brincadeira acabou. Eu não tenho mais meu parque de diversões chamado seu corpo.
Meu momento ciumenta passou, mas não resolveu nada. Continuo pensando em você. E isso me faz lembrar que a vida às vezes sacaneia a gente. A vida, essa mesma que é tão boa de viver, me sacaneou. Deu um jeito de me tirar do jogo, fui pro chuveiro mais cedo.
Essa mesma vida vai me fazer acordar qualquer hora com a sensação de que já não sinto mais tanta coisa por você. Vai me fazer conhecer outro cara, que vai gostar de vinho tanto quanto você, ou melhor, tanto quanto eu. Porque a vida vai lavar você, mesmo que aos poucos, de minhas lembranças e eu vou voltar a seu eu.
Enquanto essa vida sacana não prova logo que é linda, aposto que vou ter de vez quando essa vontade de você. De você procurando documento perdido. De você roncando ao meu lado. De você dormindo com TV ligada. De você me fazendo gostar pra caramba da vida.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

BRINCANDO DE CONCURSO

Você, meu leitor querido, minha leitora fofa, que sempre deixa um comentário bacana (hoje recebi um da Nacilia que me deixou tão metida a besta...ai, ai). E também você que lê, relê e não deixa comentário, seja por vergonha, seja porque tem mais o que fazer mesmo, é com vocês que eu quero propor uma brincadeira.
No post anterior, anunciei a abertura do 6o Prêmio Off FLIP. Agora neste aqui eu peço sua indicação: qual dos textos publicados aqui (meus, claro!) eu deveria inscrever para concorrer ao Prêmio? Vote até o dia 29/04.
Sempre tive vergonha de me inscrever neste prêmio (acho sempre que não vou ganhar), mas há 2 anos minha avó pediu para eu me inscrever e ano passado eu não pude. Este ano conto com a ajuda de vocês: vocês indicam qual texto é mais legal e tem mais chance de ganhar. Eu me inscrevo e depois a gente ri junto do resultado. Combinado?

Prêmio Off Flip de Literatura abre inscrições

Já estão abertas as inscrições para o VI Prêmio Off Flip de Literatura 2011. Criado em 2006, o prêmio é um concurso de textos que busca estimular a criação literária em língua portuguesa. Embora seja uma ação independente, sem vínculo com a curadoria ou produção da Flip, ocorre paralelamente e conta com a parceria da Festa Literária para sua divulgação.



O Prêmio Off Flip já teve como participantes autores iniciantes e consagrados, e conquistou reconhecimento no Brasil e no exterior. Dividido nas categorias poesia e conto, abarca textos de autores residentes no Brasil, brasileiros que vivem no exterior e escritores de países lusófonos.


Os vencedores serão contemplados, nessa sexta edição do concurso, com prêmios em dinheiro, ingressos para as mesas da Flip e estadia em Paraty. Os 30 textos finalistas serão publicados em uma coletânea pelo Selo Off Flip.


As inscrições vão até o dia 30 de abril de 2011 e devem ser feitas pelo correio. O regulamento pode ser lido no site do evento: www.premio-offflip.net. A premiação ocorre durante a 9a Flip, entre os dias 6 e 10 de julho.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

TIA CORUJA NEWS INFORMA

Domingo, 10/04, nasceram em Laranjeiras meus 2 sobrinhos: João e Paulo, filhos da minha "irmã" Guigui e do Léo.



sábado, 9 de abril de 2011

Eu




Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores
To regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

terça-feira, 5 de abril de 2011

MANTRA PRA NÃO FICAR CHATA



Ontem um velho amigo meu me falou "você já percebeu que em meia hora de conversa você já falou sobre mil defeitos seus?". De fato, no meio da conversa eu soltava umas frases do tipo "nossa! minha unha tá horrível", "meu cabelo tá sem corte" ou "tenho de voltar a malhar, tô gorda".
Quantas vezes, num dia, a gente não repete essas coisas negativa sobre nós mesmas? A gente fala isso com tanta naturalidade, que nem percebe e, quando vê, esse monte de reclamações já virou uma grande verdade na nossa cabeça.
Falei pro meu amigo que ele me deu um toque muito importante, pois eu, assim como um monte de mulher que eu conheço, ando precisando gostar mais de mim. Aí ele se lembrou daquele tal bilhete que um ex apaixonado me mandou e disse: faça dele um mantra! Acredite em cada uma das palavras. Se não, você vai virar uma chata de galocha.
Po! Gorda de cabelo sem corte e ainda por cima chata? É melhor fazer o que ele, que gosta de mim, mandou: Repetir que sou linda, maravilhosa e também ler este famoso bilhete.


"Será que você nunca reparou que pra mim não importa quanto você pesa? Em vez de tentar adivinhar isso, prefiro te abraçar e acariciar seu corpo macio. Aliás, adoro ver seu ritual de passagem de cremes: nas pernas, nos braços, na barriga. E quando você pede ajuda pra alcançar as costas, aí eu adoro ainda mais você.
Não sei seu manequim e nem me interessa. Sei o tamanho da sua cintura pelas minhas mãos e isso basta. E se alguma vendedora de roupa me perguntar seu tamanho vou responder: do tamanho exato para caber no meu abraço e dividir minha cama.
Aliás, foi uma resposta parecida que dei quando meu irmão perguntou como você era: do jeito que eu gosto. É, menina encanada com o peso e com o manequim, você é do jeito que eu gosto. Nunca reparou nisso, né? Por isso me deixa sozinho em casa e vai pra academia suar.
Não estou reclamando de você se cuidar. Eu só quero que você se goste desse jeito aí que você já é. E se você não acredita que é tudo isso, pergunta pra mim. Pra mim, viu? E não para nenhuma daquelas suas amigas do trabalho ou da faculdade ou sei lá de onde. Nenhuma mulher confessa para um homem que outra mulher é linda.
Para de me chamar de exagerado: eu acho você linda e pronto. Eu te olho diferente do que você se olha. Você está presa a padrões de beleza, já eu prefiro olhar pra você e descobrir cada dia um detalhe que te faz diferente e bela. Por exemplo, quando você toma uma decisão e nem me consulta: vai lá e faz. Eu faço cara de chateado mas acho um charme você saber o que quer. Também gosto de ouvir que eu não mando em você. Ah, e sua carinha de brava?É a coisa mais sexy que já inventaram. Aposto que tem amiga sua que treina na frente do espelho pra ficar igual.
Quer ver você me deixar com os quatro pneus arriados? É só dizer "Tô com fome de doce" e devorar aquela barra de chocolate sozinha, em 10 minutos. Quando você abre o armário e diz que não tem roupa e fica olhando pra 3 mil vestidos e saias e calças, eu penso "vou casar com essa mulher".
Mas sabe o que me atrai mesmo em você? É que mesmo dizendo que é muito branca, que tem celulite desde que nasceu e que precisa de outra lipo, contraditoriamente você desfila pela casa sem roupa, numa naturalidade que me deixa perplexo. Eu amo ver você nua, ver suas pernas brancas, não ver nem marquinha de biquine. Outras mulheres precisam de marquinha de biquine para serem sensuais. Você não. Você só precisa ser você. De cabelo castanho ou vermelho, longo ou curtinho. Você está sempre na moda. Você merece sempre uma poesia. E eu sou louco por você.

Meu mundo é pequeno demais até pra mim

Eu tinha tanta coisa pra falar pra você. Algumas são importantes, outras não muito. Mas todas tem a ver comigo.
Eu queria te pedir poucas coisas e tenha certeza de que são muito, muito importantes. Pelo menos pra mim.
Mas você acha que eu consigo? Você acha que aprendi a falar de mim? Da única vez que consegui, ganhei uma cicatriz. Doi até hoje.
Eram sobre cicatrizes, medos, estranhezas o que eu queria falar com você.
Será que você já conheceu meu lado de menina medrosa? Ou será que ainda está encantado com o mulherão que dá conta de tudo: da própria vida, das contas dos outros, que faz a hora e odeia ter de esperar acontecer? Este mulherão fascina, né? E seria uma baita injustiça dizer que é só uma máscara, um disfarce: ela existe, sim. E divide espaço com uma menina assustada, que tem medo de só mudarem os protagonistas, mas o enredo ser o de sempre.
E se eu der mole e você conhecer o lado mais frágil de mim, o lado meu que só pede, que precisa ouvir "tá tudo bem. Já passou"? E se você tiver medo dele? E se você se assustar?
Foge, não. Eu prometo não chorar na sua frente, que é pra não te assustar assim logo de cara. Mas se você sair correndo e sumir na estrada, eu entendo. Eu também não gosto dela.
É por isso que não vou falar nada do que eu tinha pra falar, embora esteja com uma vontade imensa de dizer logo que eu sou chata pra caramba, que preciso do meu canto e não sei dividir todo meu tempo, por mais legal que você seja.
Estou com vontade de falar logo, sem anestesia, que não vale muito a pena tentar entrar no meu mundo, porque nele não há lugar pra mais ninguém que não seja eu. É que comigo estão tantas e tantas tralhas, lembranças e que minhas pirações ocupam muito mais espaço do que eu mesma.
Então lá vai, já que eu gosto de acabar com aquilo que tem tudo pra dar certo: não cabe nem você e nem mais ninguém em mim. E se você insistir eu vou ficar mais distante.
Mas se você insistir um pouquinho mais, eu vou achar lindo e,quem sabe, possa até arrumar um lugarzinho pra você. Mas não insiste,não: já vi este filme antes. E eu morro no final.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Blogueira carente aplaude...

o comentário da Carol:

AlINE GOSTARIA DE ENTRAR EM CONTATO COM VC...POR E-MAIL....ADORO SEU BLOG.
BJS, CAROL.

Carol, meu e-mail é alinegmello@gmail.com

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Prezada Mulherzinha... [Fernanda Young]

"Se existe alguém que pode falar o que vou falar para você, sou eu.
Então, por favor, tenha a humildade de admitir que sei o que estou falando.
Pois o que eu te direi é duro, mas poderá te fazer um bem enorme.
Chega.
Chega de se comportar assim.
Como se estivesse lutando pelo posto de rainha da bateria. De Miss Maravilha do Mundo.
Basta de ataques, dessa competitividade suburbana eu sou a melhor, eu sou a mais alta, eu sou a mais gostosa do pedaço.
Ninguém tá ligando a mínima se você corre 10 quilômetros ou se aplicou Botox nessa sua testa sem expressão.
Ou se você é assim porque ainda não passa de uma menininha que quer ser mais perfeita do que a mãe, conquistar o amor do pai e ser a primeira da classe.
Esse teu afã psicopata de vencer todas as paradas só te deixa ridícula.
E me faz querer usar um termo que odeio: coisa de mulherzinha.
Mulherzinha é que tem essa mania de estar sempre desconfiada das amigas, porque todas teriam inveja do seu corpão e do seu cabelão estilo falso-loiro-natural-cinco-tons.
Lamento informar, querida, que ninguém sente inveja de você.
Por isso, chega de dizer por aí que, para não atrair olho grande, é bom ficar de bico fechado sobre a tal possível promoção que você terá no trabalho.
Relaxa, ninguém está a fim de ser você.
Tente, portanto, ser você com mais leveza.
E lembre-se: esse negócio de dizer que não se pode confiar em mulheres só comprova que você é uma pessoa maliciosa.
Sendo que isso está longe de ser porque você é fêmea.
Quando vejo você tagarelando sobre seus feitos sexuais, sinto-me num filme ruim sobre ginasianas americanas. Todas fanhas e excitadas.
Chega, tá?
De azucrinar os outros com essa sua boca-genital lambuzada de gloss, cuspindo baixos-clichês, simulando uma modernidade que você não tem.
Nunca mais caia no ridículo de fazer "sexo casual" com nenhum tipo de homem, mais velho ou mais novo, casado ou solteiro, porque todo mundo já sabe que você finge tudo. Que goza, que não se sente fácil, que não liga quando os caras não telefonam no dia seguinte.
Seja honesta uma vez na vida: confesse.
Que você não é nada tão wild quanto se vende.
Que não sabe falar tão bem inglês assim.
Que fez escova progressiva.
Que tem dermatite.
E enfim você terá alguma paz, pois se reconhece humana, e não a barbie boba que você procura ser.
Acredite: idiotice só te faz charmosa para os cafajestes.
Se continuar assim, nunca vai aparecer aquele cara bacana que você gostaria que aparecesse; para lutar por você, até te conquistar, e destruir essa tua linda silhueta com uma gestação de 15 quilos.
É triste, amiga Mulherzinha, mas você terá que abrir mão da máscara de rímel que cobre a sua verdade."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SE VOCÊ QUER SER MEU NAMORADO, LEIA ATENTAMENTE

Escancarei a porta do meu coração e deixei você entrar sem bater. Não peça licença, vá entrando e fique à vontade. Não seja nem grosso demais e nem polido demais, porque pisar em ovos é um saco.
Não te faço exigências, mas há coisas das quais não abro mão: trate bem de mim. Cuide bem de nós. E prometa que também vai cuidar bem de você.
O que tenho a pedir são coisas comuns, simples: não grite comigo porque eu também sou pavio curto. Respeite minha preguiça matutina e eu entro no seu ritmo também preguiçoso. 
Conte suas novidades, seus sonhos, faça massagens nos meus pés e não tenha medo de quem toma Rivotril pra dormir.
Viu? Sou presa fácil, barata até, você se esforçará pouco para me ter para sempre. Duas ou três taças de vinho me deixam facinha, facinha. Fica a dica.
Acredite quando eu disser que é melhor com você. Não duvide do que eu digo mas fique tranquilo: se a verdade for chata, feia e boba, eu escondo. 
Conte-me as suas tristezas porque eu também te contarei as minhas. Mas só de vez em quando. Prometo segurar o choro, mas se ele vier, fica do meu lado, segura a minha mão.
Não tente me agradar porque eu odeio gente boazinha. Seja mais inteligente do que os outros e diga as coisas de que gosto de ouvir. Vou te achar o máximo.
Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, chinelo havaianas. E de braços me abrançando forte.
Leia, escolha seus próprios livros, comente-os comigo.
Odeie a mesmice, xingue a vida doméstica e também os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. 
Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Não tente fazer o papel de pai, muito menos o de filho. 
Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes. 
Me enlouqueça não ligando de vez em quando. Depois peça desculpas com uma Nhá Benta da Kopenhagen.
Goste de música e de sexo. Pratique um esporte não muito banal. Não invente de querer filhos, de me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois. Mas quando chegar a hora, tenha certeza de que vou gostar muito dela. 
Nunca deixe eu dirigir o seu carro, diga que não confia, só pra eu ficar meia hora com raiva de você. Seja só um pouquinho canalha e olhe para outras mulheres. Depois diga que sou muito mais gostosa do que elas. Falando nisso, fique atento: não deixe de elogiar minha bunda mas também fale o quanto você me acha inteligente. 
Tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não fale de nossas intimidades, mas preste atenção no que os amigos falam. E experimente comigo.
Me trate como uma rameira, mas só quando estivermos deitados. De resto, deixa rolar. E lembre-se sempre de me beijar como se fosse a primeira vez.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

HOMEM NÃO É REMÉDIO

Não discuta a relação
Andrea Pavlovitsch

"Homem não é remédio" (Luis Gasparetto)

Esta frase do Gasparetto inspirou meu texto hoje. Isso porque tenho visto o quanto as mulheres usam seus relacionamentos amorosos como bálsamo e motivação para uma vida feliz. E o quanto isso é extremamente perigoso.

As mulheres acreditam em cremes anti-rugas, drenagem linfática e que homens são as soluções de seus problemas. Homens acreditam que seu time é o melhor do mundo, cerveja tem que ser gelada e no poder de ter dinheiro para poder comprar estas coisas. Ué, e onde ficamos nós, as mulheres?

É sabido que os homens não dão a mesma importância para os relacionamentos que nós. Quer dizer, deixem-me explicar, eles dão importância, mas as suas prioridades são outras. Não é incomum encontrar um homem que prefira uma noitada com os amigos a uma noite romântica com a mulher ideal. Já o contrário é quase impossível de acontecer.

As mulheres são seus relacionamentos amorosos! Se estiverem acompanhadas são felizes. Se estiverem solteiras são infelizes. Mulheres têm homens como tem bolsa, sapato, maquiagem e não, muitas vezes, como um compartilhar de algo. Um construir de algo. E eu escuto muitas e muitas histórias que me comprovam isso.

Imagine aquela amiga que está num relacionamento ruim há anos. Sabe, aquela, todo mundo conhece uma. Ela liga e chora na sua orelha o quanto ela é infeliz, o quanto ele é um desgraçado, um otário que não é como ela quer. Você escuta, concorda (afinal, ela é sua amiga) e diz que ela tem que se separar, pintar os cabelos e partir para outra. Daí ela fica umas duas semanas sem ligar. E quando liga é pra contar o fim de semana maravilhoso que teve com ele nas montanhas. E você quer morrer porque meteu a colher onde não deveria!

Pois é, é difícil para uma mulher apaixonada enxergar o óbvio. O mesmo não acontece com os homens. Eles são mais simples, sim, neste quesito. A importância que eles dão ao relacionamento é a mesma que dão a qualquer outra coisa no mundo e as mulheres não entendem isso. Acham que ele precisa ficar o dia todo atrás de você dizendo o quanto ele te ama. E, querida, ninguém aguenta isso, porque isso é carência e não amor.

Então, o que fazer para não usar um homem como remédio? Se colocar como seu próprio remédio!

Sim, você é quem está com você 24 horas por dia. Quando está nos momentos de maior prazer e de pior dor é você quem está lá. Por mais que seu amor te ame, ele não pode passar por algumas coisas que é você quem tem que passar e é aí que você precisa estar ciente. Ciente de que ele é um companheiro de jornada e não a solução dos seus problemas.

Carência é a falta de si. E sem você mesma fica difícil de seguir adiante. Então, antes de começar aquela DR (discussão de relação) em pauta por causa do futebol dele de quarta-feira, pare e pense! Será que eu estou sendo justa tirando dele algo que é importante? Será que eu não só estou usando isso para que me sinta melhor? Isso não é amor. Amor é entender o outro, amor é compreensão, amor é saber que o outro tem a sua cabeça e a sua sentença. Saber que o outro tem defeitos e qualidade e coisas com as quais ele convive bem e outras com as quais convive mal. Se você não tiver isso com você, não terá com o outro.
Então, que tal discutir isso com você antes? Nada de discutir a relação enquanto você não souber exatamente o que quer de verdade. Ok?

DÁ A RECEITA?


Depois ensina pra mim como me fazer feliz assim, tão rápido?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um amor meio cafoninha

No meio da conversa, sem mais nem menos, falei "acho que nunca amei ninguém desse jeito". E todo mundo ficou com aquela cara de espanto, como se ouvissem uma coisa de outro mundo. Acho que ninguém esperava me ouvir falando de você assim.
Mas é isso mesmo e por mais que eu quisesse negar pra eles, não ia conseguir negar pra mim. É isso aí, apesar de tudo, eu amo você. Acho que amo desde o dia que te vi pela 1a.vez, lá na casa da Sílvia. Eu sei que não existe jeito de medir o tamanho ou o peso de um amor, mas o que eu sinto por você é maior do que eu já senti por alguém. Minha tão famosa incapacidade de amar foi a nocaute.
Você também não acredita,né? Tudo bem, eu também duvidei, mas naquele dia que fui dormir na sua casa porque perdi minhas chaves, tive certeza de tudo isso que tô falando. Fiquei brigando com meu sono só pra ficar te olhando, que nem na música do Cazuza: perder noites de sono só pra te ver dormir. Que prazer mais egoísta é o de gostar de outro ser.
E quanto mais eu penso nesse prazer besta e egoísta, mais eu vejo que te amo com uma verdade, com uma intensidade. Eu te amo pra mim mesma, não te pediria amor em troca.
Depois que aceitei você dentro de mim, alguma coisa mudou. Sei lá se isso é bom ou se é a maior cilada do mundo. Não dá pra pensar em nada que não seja bom, coisas mesquinhas não combinam com esse sentimento. Tudo bem que ele me aperta o peito de vez em quando, mas e daí? Quando suas mãos apertam meus peitos eu também sorrio assim. Quando sua boca encosta nos meus peitos, eu te amo até me perder.
Não quero te provar nada. Nada mudaria em mim se você me amasse. Talvez eu pudesse te falar, em vez de escrever, mas pouca coisa mudaria. Porque o amor que eu sinto, por mais que tenha adereços, enfeites e licenças-poéticas, é aquele amor cafoninha que todo mundo ama. Deixo de ser fashion pra poder te amar mais e mais e mais.
Amo quando você chega. Seja na minha casa, seja na sua, seja naquele motel horroroso que a gente foi semana passada. Amo quando você chega e, de certa forma, também quando você vai embora e deixa em mim só o seu cheiro. E algumas marcas.
E se fosse falar das marcas que você deixou em mim, ficaria horas escrevendo. Mas agora preciso me concentrar no amor que sinto quando você vai embora, porque eu acho que você está mais perto da porta de saída do que da minha cama.
Eu te amo até quando você não vai mais chegar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

TERESA - MANUEL BANDEIRA

Teresa, Aline, se algum sujeito bancar o sentimental em cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um bonde
Se ele chorar
Se ele se ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredita não Teresa
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
CAI FORA.

(Manuel Bandeira)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

SAUDADE

Hoje, 30 de janeiro, comemora-se o Dia da Saudade. E como eu vivo sentindo saudade de algo ou alguém (meus pais, minhas sobrinhas, amigos...) me interessei por este artigo que vi lá no UOL (leia na íntegra aqui)

 Entre os vários artigos espalhados pela internet, há uma definição de saudade dada por uma criança, paciente terminal de câncer, ao seu médico: “Doutor, saudade é o amor que fica”. Para Marcele de Carvalho, psicóloga do Centro de Controle do Estresse no Rio de Janeiro, esse sentimento é natural e saudável até certo ponto. “Geralmente se fala de saudade quando se relembra ou está na ausência de alguma coisa, situação, local ou alguém. Este sentimento pode vir acompanhado de tristeza ou ansiedade, por exemplo, já que existe um impedimento para estar na presença ou convivência daquilo ou de quem se deseja estar.” A especialista alerta que, quando administrada, essa dor emocional tende a diminuir. “Se o impedimento é temporário ou irreversível, é necessário saber resignar-se e criar formas alternativas para lidar com a falta”, ensina.

 
Bateu saudade de alguém especial? Dê uma olhada na lista de dez atitudes que são “tiro e queda” para espantar a depressão momentânea:
 
1. Beba um drinque. Isso mesmo, um só. Uma taça de vinho, por exemplo, já vai fazer com que você fique mais relaxado, tornar o seu corpo mais quente e aliviado, tirando um pouco da tensão nos ombros;

2. Chore no chuveiro. Se você tem mágoa por algo ou está com um nó na garganta, o melhor é extravasar. Prometa a si mesmo que vai chorar ali e pronto. Uma hora você cansa e para;

3. Tire alguns minutos em seu benefício. Por exemplo, vá à manicure, jogue uma partida de futebol ou videogame. Fazendo algo de que gosta você desvia a energia ruim e passa pelo período de crise sem muitos traumas;

4. Faça uma coisa sem importância, daquelas que você não precisa pensar, como ver vídeos engraçados na internet ou um filme que já assistiu 500 vezes, sem compromisso;

5. Ouça um mantra. O simples fato de você parar tudo e concentrar-se naquilo, meditando, vai acalmar seu coração e aliviar a dor. Quando a música terminar você nem vai acreditar que passou;

6.Se dê um presente: um CD, uma roupa ou uma joia. O simples fato de ocupar-se com algo para você acaba deixando-a mais feliz, além de desviar a atenção da saudade;
 
7. Coma chocolate. É comprovado cientificamente o benefício da guloseima quando mulheres, por exemplo, estão em TPM ou em depressão. É claro, moderadamente;

8. Pratique esporte. Dessa maneira, você extravasa sua energia e expulsa pensamentos negativos, além de aumentar o nível de endorfina no corpo, substância que dá sensação de bem-estar;
 
9. Dê uma volta com seu bichinho de estimação (ou o do seu vizinho). A troca de carinho entre vocês só traz benefícios, e o passeio vai lhe animar;

10. Seja coerente. Você tem todo direito de sentir falta de uma pessoa, mas não de deixar de viver sua vida por causa dela.