sábado, 31 de janeiro de 2009

Tô ficando impossível!

Gente,

tô ficando impossível. Meu ego literário tá lá em cima. É que a Leila Ferreira, a colunista da Marie Claire, escreveu num post que já elegeu a "Frase do Ano" (embora eu ache que tá muito cedo pra essas coisas, né? Mal começamos 2009...). E adivinhe de quem é? Sim, minha.
Pra quem sente um medo terrível de mostrar as coisas que escreve (mas tem um blog aberto e, sempre que pode, o divulga. Isso se chama "contradição feminina" ) isso é uma injeção de ânimo.
Olha o que ela falou (pra ler na íntegra, é só acessar o blog delicioso da Leila):

"Amigas, já vou eu viajar de novo!… Mas, antes de contar pra onde, queria só dizer que, apesar de ainda estarmos em janeiro, já escolhi a melhor frase do ano do nosso blog. É a da Aline Gouvêa, a Aline dos posts anteriores, que disse a respeito do post de ontem: “Quem nunca teve um poste que atire o primeiro toco!”. Morri de rir, Aline, e tenho que assinar embaixo. (...)".

Sei não, mas vou acabar acreditando que não escrevo só besteiras.

Sua mãe falou? A minha, sim.

Conheci um blog chamado "Segredinhos do casamento que tua mãe não te contou" http://tudooquevcdeveriasabersobreocasamento.blogspot.com/ que é um barato. À primeira vista, pensei : deve ser um monte de texto falando mal do casamento, mas não é. Ou melhor, é. Mas de um jeito leve e divertido. E hoje em dia dou um valor danado a tudo o que me diverte. Acho que estou na fase "Só quero saber do que pode dar certo". Viva Titãs!

De vez em quando é bom...

Fiz algum exercício errado na academia (ou errado ou muito pesado, não sei) e o resultado : as duas panturrilhas doloridas. Dois ou três Dorflex depois, a dor continuou e percebi que estava ficando difícil até andar. Fiquei, digamos, com um andar de "pata". Uma coisa muito charmosa, sabe?
Fui ao massagista (já estava com horário marcado porque meu pescoço também estava dando sinais de que devo ter feito outros exercícios errados) e ele, de fato, deu conta de um monte de dorzinha que eu nem sabia que tinha. As tais panturrilhas ganharam até agulhas de acupuntura e a direita obedeceu direitinho: parou de doer.
Já a esquerda... tá doendo horrores ainda. Já fiz sessões de gelo, tomei remédio, só faltou ir ali na benzendeira.
Ontem liguei pro meu ortopedista (na verdade ele é meu "joelhista", já que sua especialidade é, advinhe, joelhos) e perguntei o que deveria fazer. Repouso. Pernas pra cima. E muito, muito gelo. Duas semanas sem exercícios.
Tudo bem que eu adoro um repouso, ficar na vida boa é o máximo. Mas só quando todo o contexto está formado. Qual a graça de ficar "doente" assim se minha mãe não está aqui pra perguntar a cada 15 min se eu melhorei? E falar se não era melhor eu parar de uma vez com a musculação, porque agora foi só uma lesão pequena, mas sei lá, podia ser uma coisa mais séria... Meu pai também não está aqui pra colocar o gelo dentro da bolsa, enrolá-la com todo cuidado numa toalha e marcar os 20 min exatos. E nem colocar o relógio pra despertar daqui a 3 horas para repetir o ritual da bolsa de gelo.
Outra coisa que me irrita é que se eu falo pra alguém que estou assim, ninguém acredita. Acham logo que é exagero meu. Só um que me viu e concordou que eu estou mesmo andando feito uma pata. Concordou que não era exagero. E tá quebrando meu galho: pergunta sempre pelo msn se eu melhorei.
O telefone tocou agora e era... MINHA MÃE! "Só pra saber se você melhorou. Não tá fazendo esforço, não, né? Isso, fica quietinha. Não tá passando nada na TV? Então, lê um livro... Não faz esforço. Se eu pudesse ia ficar aí com você (...)".
Agora me diz: existe coisa mais gostosa do que se machucar ou ficar doente de vez em quando? Acho o máximo. Agora dá licença que eu vou ficar quietinha aqui, com a perninha pra cima,tá.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O livro da vez


Que eu sou compulsiva qualquer pessoa que passe 3 minutos ao meu lado já sabe. Felizmente, minhas compulsões não colocam em risco a integridade física de ninguém (o que pode ser prejudicial à integridade física é gente burra falando no meu ouvido. Sou impaciente desde pequeninha). Ainda bem que opto por chocolate ou doce de leite em vez de bebida alcoolica.

Pois bem, dentre outras delícias da vida, uma das minhas compulsões são os livros. Não tem gente que ama sapatos e compra váááários de uma vez só? Então, sou assim com livros. Compro pela internet, compro na Saraiva Megastore, compro em sebos. E sempre torço para ganhá-los de presente.

Geralmente rola uma empatia com um ou outro autor. Aí, baby, é duro de me aturar: não sossego enquanto não leio toda a obra da criatura. Ou melhor, do criador. Ah! E também falo dele pra todo mundo. Por isso que tô escrevendo sobre isso agora: estou lendo o livro "Mulheres Por que será que elas...?", da Leila Ferreira. Sim, ela mesma, a dos últimos posts... Fazer o que se adorei o texto dela? Não há nada de novidade, tudo o que está escrito ali a gente já sabe. Mas é gostoso relembrar, ainda mais porque ela escreve de um jeitinho tão "pra gente".

Bem, ela é mineira,né? Tem como não gostar de mineiros?

Fica a dica: "Mulheres Por que será que elas...?", da Editora Globo.



terça-feira, 27 de janeiro de 2009

E o dilema continua: Por que será que ele não me liga?

Gente, meu texto, cujo título deveria ter sido "auto-estima? o que é isso?" rendeu um suíte no blog da Leila. E como é muito melhor rir do que chorar, ela criou uma "teoria" para o eterno dilema : o que eu fiz de errado para ele não me ligar? Já ouviu falar em "Homens-Vick"? Eu também não, mas a Leila deu o nome perfeito com o argumento perfeito.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ai, mulheres...

Há alguns meses escrevi o post EU PENSAVA QUE SENDO MAGRA SERIA MAIS FACIL sobre como eu sempre quis ser magra e sobre como isso não resolveu metade dos meus problemas. Aliás, vai aqui um lembrete: eu não estou magra. Nunca estive, eu acho.
Na mesma época, li um artigo na Marie Claire, da Leila Ferreira, sobre a obsessão pela magreza e por achar que meu texto tinha a ver com o assunto, enviei um e-mail pra ela e hoje ela me respondeu que achou minha reflexão importante e que gostaria de dividi-la com outras mulheres.
E não é que ela encontrou dois assuntos muito familiares a nós, mulheres? Obsessão pela magreza e Culpa. Acho que vai gerar uma boa discussão no blog dela
espero, de coração, que ajude outras mulheres a se valorizarem mais. Porque quando eu leio o que eu mesma escrevi, penso: nossa, que falta de auto-estima. E então eu me lembro que sou muito mais do que um corpo, sou uma mulher muito interessante, batalhadora, sensível e gente boa pra caramba.

O medo de perder a hora

Ontem à noite ouvi um CD do Elvis Presley. Uma música que sempre me comove e faz pensar é "Always on my mind". Toda vez que a escuto penso em alguém de quem gosto muito e aí vem uma culpa feroz porque eu sempre lembro que certamente há alguma coisa que eu gostaria de fazer ou falar para deixar essa pessoa mais feliz, ou algum conselho que eu poderia ter dado, ou mesmo um abraço, sem motivo mas cheio de sentido.
Ontem, em especial, pensei muito na minha mãe. Pensei no quanto de tempo ela dedicou/ dedica a mim e nas milhares de vezes em que eu deixei de ficar com ela para ir a qualquer lugar.
Pensei em quantas vezes ela deve ter se sentido frágil mas disfarçou bem. Nessas horas, eu sei que um abraço meu teria tornado tudo mais leve. Mas eu não dei esse abraço.
Quantos problemas ela escondeu de mim só para não me preocupar? Será que se eu fosse mais carinhosa ela teria me contado, teria confiado mais em mim?
Antes que alguém me chame de filha desnaturada, digo logo que sou o que chamam de "boa filha". Os beijos que não dei, os momentos que não dividi com ela foram por razões que não tem nada a ver com falta de amor.
Ouvir o Elvis cantando "maybe I didn´t treat you quite as good as I have should have" me deu um medo de perder a hora de dar um beijo nela, de dizer que eu adoro ser parecida com ela, embora a gente seja tão diferente.
É isso aí, mãezinha, eu gosto de saber que a melhor parte de mim foi herança sua.

Maybe I didn't treat you,
Quite as good as I should have.
Maybe I didn't love you,
Quite as often as I could have.
Little things I should have said and done,
I just never took the time.
You were always on my mind.
You were always on my mind.
Maybe I didn't hold you,
All those lonely, lonely times.
And I guess I never told you,
I'm so happy that you're mine.
If I made you feel second best,
Girl I'm sorry, I was blind.
You were always on my mind.
You were always on my mind.
Tell me.
Tell me that your sweet love hasn't died
Give me
Give me one more chance to keep you satisfied
Satisfied

Little things I should have said and done,
I just never took the time
You were always on my mind
You were always on my mind
You were always on my mind
You were always on my mind

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

There´s no place like home




Querido,

Eu só desejo que você e suas gatinhas vivam dias lindos sob as paredes pintadas de azul.
Parabéns.


Com o carinho de sempre,

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eu tô de saco cheio de coisas como esta canção fazerem sentido

Eu admiro o que não presta
escravizo quem eu gosto
Eu não entendo.

Eu trago o lixo para dentro
Eu abro a porta para estranhos

Eu quero aquilo que não tenho
Eu tenho tanto a fazer
Eu faço tudo pela metade.
Eu não percebo.
Eu falo muito palavrão.
Eu falo muito mal.
Eu falo muito.
Eu falo mesmo.
Eu falo sem saber o que estou falando.
Eu falo muito bem.
Eu minto

3 anos de saudade

3 ANOS DE SAUDADE DA MINHA GRANDE AMIGA MARIA EMÍLIA.

"Tem dia que não é dia de ser feliz
É dia de ficar mudo e abaixar a cabeça.
É dia de dar adeus,
dia de chorar baixinho de saudade.
Dia como esse era melhor que não existisse"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Identidade / AG

Eu sou aquela que vira o jogo a meu favor.
A que sobrevive sempre.
Sou aquela que enxerga além do que se vê.
Sou simples e complexa, exótica até o último fio de cabelo.
Eu sou aquela que muitas gostariam de ser e muitos sonham ter.
Mas sou única, não tenho dono, amarras ou limites.
Sou sem freio e sem nexo.
Eu sou a estranheza que assusta e fascina.
Eu sou aquela que sobrevive sempre.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Assim


É assim que eu quero sempre ver minha Paraty: com a esperança que o amanhecer sempre traz consigo.

Paraty

Minha Paraty teve uma madrugada horrível: foi atingida por uma tromba d´agua. Só quem já passou por uma enchente sabe o susto.
Estou apreensiva, embora não tenha havido grandes prejuízos materiais. Há cerca de mil desabrigados e certamente dentre eles há algum amigo ou conhecido.
Que Nossa Senhora dos Remédios, Padroeira da cidade, ajude todas as famílias que passam por este momento tão difícil.

Espero, de coração, que a cidade se recupere logo.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Quase me esqueci...

Gente, quase cometo um pecado mortal : uma criatura que se lembra de todas as datas não poderia se esquecer de hoje.
Hoje é o "aniversário" de uma fase nova, linda, livre e determinante. Faz 5 anos que, tal como na canção da Santa Rita Lee de Sampa "me libertei daquela vida vulgar, que eu levava estando junto a você..."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Clube das chocólotras


Ganhei este livro de presente da minha querida Bárbara e comecei a lê-lo ontem: uma delícia!
É exatamente como um bom chocolate: gostoso e vai acabar logo.



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Esta, sim, sou eu

Hoje eu mandei uma pessoa à merda. Foi bom. Adoro isso. Fazia tempo que eu não tinha essa reação e, pensando bem, já estava parecendo uma bobona. Andava muito tolerante, muito compreensiva.
Mas hoje, não: hoje mandei uma pessoa à merda. Dei risada enquanto ouvia seus argumentos e até ouvi que continuo imatura. Mas não dava pra responder porque a melhor resposta eu já dera: mandei à merda.
Mandei e mandaria de novo mil vezes.
Eu até contaria toda a situação aqui, mas já não me lembro muito bem. E certamente ela não é mais importante do que o fato em si. O que me fez bem foi ter reagido a uma grosseria e não ter ficado calada. Esse lance de maturidade andava me fazendo uma mal terrível.

Dentinho


O 1o dentinho da Lara caiu ela deu de presente para o papai.

Mas do 2o, que já está molinho, podem tirar o olho: ele é da Dinda.




Poema da minha camiseta

SE ESCREVO O QUE SINTO
É PORQUE ASSIM
DIMINUO A FEBRE DE SENTIR.
O QUE CONFESSO
NÃO TEM IMPORTÂNCIA,
POIS NADA TEM IMPORTÂNCIA.
FAÇO PAISAGENS COM O QUE SINTO.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Foi bonita a festa, ó pá! Fiquei contente...


Passei um dia gostoso com amigos queridos. Recebi telefonemas e mensagens de outros amigos queridos. Sei que durante a semana vou receber mais carinho de mais amigos queridos.
Fazer aniversário é muito mais do que adicionar uma velinha ao bolo.


O tempo passa?
Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.
(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O amor da minha vida

O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso, e me ama também. Agora falta encontrar alguém com quem possa me relacionar.
É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira em todas as posições (...)
Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito. Não importa que eu esqueça meu nome depois, nem que me perca num oco, ou que os sentimentos corram de ambos os lados, intensos e desarvorados.
Não basta que haja amor para se viver um amor.
Eu e ele somos as cruzadas da idade média, o Osama e o Tio Sam, o preto e o branco da apartheid, o falcão e o lobo, o Feitiço de Áquila.
Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca. Tenho fascínio pelo plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha vênus, mas quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer a guerra. É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada. Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira. O desacerto é de lascar, e não há cama que resista a tantas reconciliações - um dia a cama cai.
(...)
(...) voltei pra casa decidida - não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho portanto, pedir a ele publicamente, que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí, que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô. Há de haver um homem bom, me esperando em alguma esquina desse mundo. Um homem que aprecie o meu carinho, goste do meu jeito, fale a minha língua, e queira cuidar de mim.
As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando; existem defeitos que considero indispensáveis:
Meu amor tem de ter uns certos ciúmes, e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Pode se meter com minha roupa, com corte do cabelo, e achar que sou distraída e não sei dirigir. Quando ficar surpreso de eu ter chegado até aqui sem ele, afirmarei sem ironia, que foi mesmo por milagre. (...) Ele irá me buscar no trabalho e levará direto pra casa, nada de madrugadas na rua! Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo, anda me dando um cansaço danado.
- Maite Proença / publicado na Revista Época